quinta-feira, 28 de julho de 2011

Donde vem o mal?



É comum ouvir até mesmo entre pessoas crentes um discurso derrotista, um discurso de descrença e de desânimo quando algo corre mal, do género: “se Deus existe porque é que há tanta maldade no mundo?”, “Não poderia Deus acabar com tanto sofrimento no mundo?”
O Padre Anselmo Borges neste artigo de opinião publicado no jornal Diário de Noticias ajuda a compreender o mal existente no mundo!

Ver:


http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1851941&seccao=Anselmo Borges&tag=Opini%E3o - Em Foco

Aqui ficam as frases mais significativas para mim:


“Quando procuramos a raiz última do mal, encontramo-la na finitude. O mundo é finito e, por isso, há nele, inevitavelmente, mal: o finito não pode ser perfeito, pois tem falhas, carências, e nele haverá choques, pois, como escreveu Espinosa, "toda a determinação é negação".”
“é preciso considerar é que o mundo produz mal, todo o mal tem origem no próprio mundo. Por isso, na peste negra, houve procissões; com o terramoto de Lisboa, pensou-se que Deus o tinha permitido. Agora, com o tsunami no Japão, dá-se uma explicação científica, e, com a sida, investiga-se nos laboratórios.”


“se o mal é inevitável, por que é que Deus o criou? "Não posso responder ao ateu que diz que o mundo é absurdo, que não vale a pena. Eu não sou pessimista: creio que vale a pena e que há um referendo na Humanidade: todos, no fundo, sabemos que vale a pena. Por isso, continuamos a trazer filhos ao mundo."”



“pois todos têm de enfrentar-se com o mal e cada um tem a sua resposta para o problema. O crente religioso tem a sua: crê que Deus não teria criado o mundo, se de algum modo não fosse possível libertar--nos do mal. O que se passa é que o que não é possível num dado momento pode sê-lo mais tarde. Quem pode conceber-se a aparecer já adulto no mundo? A realidade é processual, e o crente em Deus como Amor e Anti-mal espera a salvação definitiva e plena para lá da morte.”



“depois da morte, não continuamos finitos? Confiamos em Deus e podemos mostrar, com razões, que a salvação eterna não é contraditória, mas possível.”



“Sim, a pessoa é um ser finito, mas com uma abertura infinita. Este é o mistério do Homem. Nunca estamos acabados, nenhum ser humano morre definitivamente feito. Não há nada finito que possa preencher a abertura humana, não há nada finito que possa realizar a nossa capacidade de conhecer e amar.



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