domingo, 16 de maio de 2010

Católicos contestatários



Existe na nossa sociedade cada vez mais grupos de pessoas que se intitulam Católicos, mas que, por alguma razão estão contra as directrizes, as leis da Igreja!
Esses grupos acima de tudo criticam a Igreja e os seus líderes, acham que a Igreja tem de mudar, que tem de servir os seus interesses!
Não que eu seja contra a mudança, contra a modernidade, contra a aproximação da Igreja á sociedade, mas, considero que em alguns pontos a Igreja não pode nem deve ceder!!
Em questões tão fracturantes como o aborto, a eutanásia, a pena de morte, a homossexualidade, a Igreja não pode nem deve ser condescendente, nem aceitar!
São tudo situações de incontornável pecado! Independentemente de serem ou não aceites pela sociedade!
Vejamos então porquê:


O aborto é um atentado á vida, é um homicídio, é atentar contra a vida humana a vida de um inocente!

“A vida humana deve ser respeitada e protegida, de modo absoluto, a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento da sua existência, devem ser reconhecidos a todo o ser humano os direitos da pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo o ser inocente à vida (46).”
«Antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi: antes que saísses do seio da tua mãe, Eu te consagrei» (Jr 1, 5).

«Vós conhecíeis já a minha alma e nada do meu ser Vos era oculto, quando secretamente era formado, modelado nas profundidades da terra» (Sl 139, 15).

A eutanásia é atentar contra a própria vida, é um suicídio!

“Aqueles que têm uma vida deficiente ou enfraquecida reclamam um respeito especial. As pessoas doentes ou deficientes devem ser amparadas, para que possam levar uma vida tão normal quanto possível.”

“Quaisquer que sejam os motivos e os meios, a eutanásia directa consiste em pôr fim à vida de pessoas deficientes, doentes ou moribundas. É moralmente inaceitável.”

A pena de morte é fazer a justiça dos homens, é atentar contra a vida humana, é um crime!

“O quinto mandamento proíbe, como gravemente pecaminoso, o homicídio directo e voluntário. O assassino e quantos voluntariamente colaboram no assassinato cometem um pecado que brada ao céu (43).”

"O infanticídio (44), o fratricídio, o parricídio e o assassinato do cônjuge são crimes especialmente graves, em razão dos laços naturais que eles quebram. Não se podem invocar preocupações de eugenismo ou de higiene pública para justificar qualquer homicídio, ainda que tal seja imposto pelos poderes públicos”

A homossexualidade é um desvio, é anti-natura e em alguns casos depravação, é desvirtuar a sexualidade do ser humano, é tomar a sexualidade como um mero instrumento de prazer e satisfação!


“A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados". São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.”


“Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.”


“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.”

Ler mais: http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap2_2196-2557_po.html

“Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.” (Mt 5, 10-12)

sábado, 15 de maio de 2010

Conceitos de Deus


Existe entre nós Católicos os mais variados e contraditórios conceitos de Deus.

Há quem acredite num Deus moralista, juiz, controlador e castigador, um Deus que abençoa e concede graças a quem cumpre os seus preceitos, castiga e amaldiçoa os pecadores, aqueles que Lhe desobedecem!

Há quem acredite num Deus determinalista, um Deus que tudo controla e determina, um grande relojoeiro, que define o destino de todos nós e tudo o que fazemos e nos acontece no nosso dia-a-dia!

Há quem acredite num Deus milagreiro, um Deus que está ao nosso serviço para nos conceder as graças que Lhe pedimos!
Há ainda quem acredite num Deus misericordioso, um Deus que tudo perdoa e que tudo permite, bastando-nos pedir perdão que Ele aceita sem pestanejar!

Todos estes conceitos têm algo de verdadeiro, mas, são todos conceitos parciais de Deus!
São acima de tudo conceitos de conveniência ou de auto-consciência!

“Portanto, uma vez que fomos justificados pela fé, estamos em paz com Deus por Nosso Senhor Jesus Cristo. Por Ele tivemos acesso, na fé, a esta graça na qual nos encontramos firmemente e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus. Mais ainda, gloriamo-nos também das tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, a paciência a firmeza, e a firmeza a esperança. Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.De facto, quando ainda éramos fracos é que Cristo morreu pelos ímpios. Dificilmente alguém morrerá por um justo; por uma pessoa boa talvez alguém se atreva a morrer. Mas é assim que Deus demonstra o seu amor para connosco: quando ainda éramos pecadores é que Cristo morreu por nós. E agora que fomos justificados pelo seu sangue, com muito mais razão havemos de ser salvos da ira, por meio dele.” (Rm 5, 1-9)


“Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo amor imenso com que nos amou, precisamente a nós que estávamos mortos pelas nossas faltas, deu-nos a vida com Cristo - é pela graça que vós estais salvos - com Ele nos ressuscitou e nos sentou no alto do Céu, em Cristo. Pela bondade que tem para connosco, em Cristo Jesus, quis assim mostrar, nos tempos futuros, a extraordinária riqueza da sua graça.Porque é pela graça que estais salvos, por meio da fé. E isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque nós fomos feitos por Ele, criados em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas obras que Deus de antemão preparou para nelas caminharmos.” (Ef 2, 4-10)

O que é ter fé?



A fé é algo que não se compra, não se vende, apenas se sente!
Ter fé é acreditar que Deus está presente na nossa vida, é acreditar que Deus faz parte de nós, é acreditar que Ele nos ama, é acreditar que somos obra Dele!
Tudo isto só é possível a quem quer estar com Deus, a quem no seu intimo e em espírito de oração O procura, a quem se predispõe a Ouvi-lo, a procurar o projecto, a missão que Ele confia a cada um de nós!
Ter fé é caminhar com Deus, é acreditar primeiro e aprender e conhecer depois. Só partindo de uma experiencia de fé, uma experiencia de Deus, se pode compreender os Seus mistérios e ensinamentos!


Ter fé é uma procura constante de Deus!

“Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio. Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.»Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!» Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.» Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto!»” (Jo 20, 24-28)

“Ele, que é de condição divina,não considerou como uma usurpação ser igual a Deus;no entanto, esvaziou-se a si mesmo,tomando a condição de servo.Tornando-se semelhante aos homense sendo, ao manifestar-se, identificado como homem,rebaixou-se a si mesmo,tornando-se obediente até à mortee morte de cruz.”“Por isso mesmo é que Deus o elevou acima de tudoe lhe concedeu o nome que está acima de todo o nome,para que, ao nome de Jesus, se dobrem todos os joelhos, os dos seres que estão no céu, na terra e debaixo da terra;e toda a língua proclame:«Jesus Cristo é o Senhor!»,para glória de Deus Pai.” ( Fl 2, 6-11)