quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Católicos não Praticantes


É comum ouvir a algumas pessoas “ sou Católico mas não sou praticante”.

Este termo, este procedimento, demonstra a falta de conhecimento do significado e função dos Sacramentos, por parte dessas pessoas!
É também a demonstração de que muitos dos que se dizem “Católicos não praticantes” , são apenas pessoas que se receberam os Sacramentos por motivos meramente sociais e festivos, e fazem o mesmo com seus filhos e netos, levando-os á Igreja, para assim proceder a um invento social, uma festa!

Isto não é mais do que o desvirtuar dos Sacramentos! Os quais são muito mais do que motivo de festa ou sociabilização!


Os Sacramentos são um meio de Santificação, compromisso, disponibilidade e porta de entrada para a comunidade Católica!

Por tudo isto ser “Católico não praticante”, não é mais do que não ser nada!!

É esquecer as promessas do Baptismo, no qual por intermédio dos nossos pais e padrinhos somos recebidos pela comunidade, e nos tornamos Católicos!


É esquecer o compromisso assumido a quando da celebração do nosso Crisma, Sacramento de entrega e integração activa na comunidade a que pertencemos!

É deixar de receber com regularidade o Sacramento da Eucaristia, razão primeira da existência da Igreja, onde se celebra a morte e ressurreição de Cristo, a Boa Nova de Cristo!


É renegar a promessa feita no Sacramento Matrimónio, Sacramento de entrega mútua dos esposos e compromisso de educação dos filhos segundo a doutrina Cristã!


Ser Católico é muito mais do que ser receptor de Sacramentos, é vive-los!!!!!!!!



quinta-feira, 10 de setembro de 2009

VI Simpósio do Clero de Portugal


Na semana passada decorreu em Fátima o VI Simpósio do Clero de Portugal.
Após ler a Conclusão do Simpósio, fico com a ideia que foi extremamente proveitoso, que pode ter servido de alerta aos Sacerdotes mais distraídos!

O Sacerdote é um ser humano, tem defeitos e virtudes, como todos nós. Portanto a humildade para reconhecer os seus erros, é um Dom de Deus, não um acto de inferioridade, de pequenez e muito menos de subjugação!


O Sacerdote tem o dever de ser Missionário, pois a Igreja é Missionaria é a sua vocação natural!


A formação é necessária a todos os Católicos, muito em especial aos Sacerdotes, que são, ou deveriam de ser os formadores das suas Comunidades! Quem não forma não pode exigir comunidades bem formadas!!


Vejamos algumas das conclusões:

“ O sacerdote não é um anjo. Junto com qualidades e luzes, tem defeitos e sombras. Só reconhecendo humildemente também as sombras se poderá abrir ao Amor que o plenifica, transforma e transfigura.”
“a espiritualidade do presbítero deve ser nutrida cada dia. Os grandes meios são: manter um contacto assíduo com a Palavra de Deus; amar a Deus e deixar-se amar por Ele; viver uma vida de oração autêntica que inclui a Liturgia das Horas e a devoção mariana; celebrar diariamente a Eucaristia, como centro da vida ministerial; recorrer regularmente ao Sacramento da Confissão; viver a comunhão eclesial, principalmente com o Papa, o bispo e o presbitério; doar-se total e incansavelmente ao ministério pastoral, ao empenho missionário e evangelizador; ser o homem da caridade, da fraternidade e da bondade, do perdão, da misericórdia para com todos; ser solidário com os pobres, sendo seu defensor e amigo, vendo neles os preferidos de Deus.”

“ A formação sacerdotal ou é permanente ou não é verdadeira formação sacerdotal.
O Senhor é fiel. Ao chamar sempre aquele que escolheu, não pára de o chamar todos os dias da sua vida. A Formação Permanente é a experiência de vocação permanente, como resposta agradecida e repleta de fidelidade ao Deus que ama e chama.”
“Não se trata tanto de criar novas estruturas, mas de uma nova mentalidade, uma cultura de Formação Permanente.”

“A Formação Permanente é a disponibilidade contínua e inteligente, activa e passiva, para aprender da vida, durante toda a vida. Até ao último dia.”

“«Deus obedece-lhes. Depois de Deus, o sacerdote é tudo».Ser padre é viver todos os dias a Consagração: consagrando as espécies eucarísticas e consagrando-se aos irmãos, outra forma de dizer, já há mais de 150 anos, a urgência do que hoje chamamos Formação Permanente.”







Descriminação. Que descriminação?


"Apesar dos vários avanços registados nos últimos anos na luta contra a discriminação, incluindo o reforço do quadro legislativo nesta matéria, persistem na sociedade portuguesa fenómenos de discriminação que importa contrariar"

Numa época como esta, época de eleições, aparecem sempre partidos políticos a colocar na agenda política, nos seus programas eleitorais medidas relativas a temas chamados de “ fracturantes”. O PS “pretende na próxima legislatura "remover as barreiras jurídicas à realização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo" (Programa de Governo do Partido Socialista. Avançar Portugal 2009-2013, cap. III.5, p. 76)”


Embora considere a homossexualidade uma disfunção, um desvio, uma depravação e até anti-natura. Pessoalmente não tenho nada contra! Alias, penso que a união legal destas pessoas, é necessária por questões de justiça fiscal, direitos e deveres sociais etc.

A união entre pessoas do mesmo sexo, pode ter muitas denominações, mas CASAMENTO? NÃO!!!!!!


A Palavra Casamento é por definição a “união entre pessoas de sexos diferentes” e não pessoas do mesmo sexo!
Considerar esta definição discriminatória é na minha perspectiva errado. É a definição que lhe é atribuída na maioria das culturas há séculos e até milénios!


O Doutor João César das Neves, no seu artigo de opinião publicado no Jornal Diário de Noticias de segunda-feira ajuda-nos a reflectir sobre este assunto:


“Mas não existe aqui nenhuma desigualdade. Os homossexuais podem casar exactamente nas mesmas condições de todas as pessoas: todos podem unir-se a pessoas do sexo oposto, ninguém pode casar com pessoas do mesmo sexo. A lei é aplicada geralmente, de forma igualitária, sem distinção. Invocar discriminação é puro disparate. Existem é verdade muitos casos de discriminação contra os homossexuais, alguns graves que devem ser combatidos. A lei matrimonial não é um deles.”


“O que está verdadeiramente em causa é diferente: opiniões sobre a definição de casamento. Todas as culturas em todos os tempos, mesmo se apreciavam a homossexualidade, sempre acharam que casar é a união entre homem e mulher. O PS desde 29 de Julho pensa que não.”

“O Partido devia ter omitido do seu programa o insulto implícito a todos os que não pensam como ele (incluindo ele próprio que, pelos vistos, foi discriminador desde a fundação).”

“Assim se, respeitando as pessoas, se considerar homossexualidade uma depravação, um acto intrinsecamente desordenado e contrário à natureza não é erro, opressão, discriminação. Nem deve ser confundido com homofobia, crime muito sério de perseguição a homossexuais. Há muita gente que considera a religião uma depravação, que acha as touradas um acto intrinsecamente desordenado ou julga a regionalização contrária à natureza. Desde que não se lancem em ataques ou actos de violência, têm todo o direito à sua opinião e não devem ser insultados por pensarem como pensam.”







sábado, 5 de setembro de 2009

O valor real da religião


O P. Anselmo Borges no seu artigo de opinião publicado hoje no jornal Diário de Notícias, fala-nos de ética, de valores morais e de religião.

Publico esta notícia, porque considero que o artigo contem, princípios básicos para entendermos a relevância da religião, para o homem e para a humanidade:


“A exigência moral não surge do facto de se ser crente ou ateu, mas da condição humana de querer ser pessoa humana autêntica e cabal, plenamente realizada”

"não existe nada que no nível moral deva fazer um crente e não um ateu, contanto que tanto um como o outro queiram ser honestos"


“se aceitar, como é o caso da perspectiva cristã, que Deus cria por amor, o que é que Deus pode querer e mandar senão precisamente a adequada e plena realização da pessoa humana? Na criação por amor, o único interesse de Deus só pode ser o Homem vivo, realizado e feliz.”

“Mesmo que não possam ser separadas, moral e religião distinguem-se. A prova está em que se pode ser não religioso e moral: não é verdade que, "se Deus não existir, tudo é permitido". Por outro lado, o crente também sabe que a religião, embora a implique, não se reduz à moral.”

“De qualquer modo, a religião pode contribuir para a moral, de múltiplos modos. A religião autêntica deverá constituir mais um impulso para a acção ética. Quando se pergunta pelo fundamento último da moral na sua incondicionalidade, é difícil não ser confrontado com a religião e o absoluto de Deus. Depois, a religião dá horizonte de futuro, mesmo quando se falhou e se precisa de perdão e novo alento - há uma personagem de Hemingway que, a um dado momento, pergunta, perplexa: agora que não há Deus, quem nos perdoará? -, e abre à esperança de sentido último.”

Alem disso, nele está transcrito também, um extraordinário e emocionante testemunho de Fé, de alguém que morreu á pouco tempo,é uma carta que o senador Edward Kennedy enviou ao Papa, pouco tempo antes de morrer, e que o cardeal Th. McCarrick revelou na celebração do seu funeral! É a fé de alguém que tinha noção das suas limitações, o que pode ajudar-nos a compreender melhor, a real importância da religião para o ser humano:

"Santidade, espero que ao receber esta carta goze de boa saúde. Rezo para que tenha todas as bênçãos de Deus na condução da nossa Igreja e inspire o mundo nestes tempos difíceis. Escrevo-lhe com profunda humildade para pedir-lhe que reze por mim, agora que a minha saúde declina. Foi-me diagnosticado um cancro no cérebro há mais de um ano e, embora continue em terapia, o mal continua a minar-me. Tenho 77 anos e preparo-me para a passagem seguinte da vida. Tive a graça de ser membro de uma família maravilhosa, e os meus pais, em particular a minha mãe, mantiveram a fé católica no centro das nossas vidas. O dom da fé manteve-se, cresceu e deu-me alívio nas horas mais escuras. Sei que fui um homem imperfeito, mas com a ajuda da fé procurei endireitar o caminho. Quero que saiba, Santidade, que nos quase 50 anos de serviço público, dei o meu melhor para embandeirar os direitos dos pobres e abrir portas de oportunidades económicas. Trabalhei para receber os imigrantes, combater a discriminação e ampliar o acesso aos cuidados médicos e à educação. Procurei sempre ser um católico fiel, Santidade, e embora as minhas debilidades me tenham feito falhar, nunca deixei de crer e respeitar os ensinamentos fundamentais da minha fé. Rezo para que Deus o abençoe a si e à nossa Igreja e agradeceria muito as suas orações por mim."







sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A Igreja tem que ser “ unidade pela diversidade”!!


"Bispos e padres que se consideram com o direito de decidir pela sua própria cabeça"


Esta frase do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, pode ter, varias leituras.

A primeira, é que Bispos e Padres devem obediência á Igreja, ao Vaticano! O que considero correcto! Senão cada um dizia e escrevia tudo o que lhe dava na veneta!

Mas, olhando á realidade actual, tanto social, como religiosa, seria bom haver algum debate sobre os chamados “temas fracturantes”!


A segunda é que existem, Bispos e Padres, que se preocupam com as realidades sociais, culturais e religiosas, da sociedade em que estão inseridos! Que tentam de algum modo denunciar e alertar a sociedade, a Igreja, para esses problemas actuais e que necessitam de resoluções!

D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas, refere o seguinte a propósito deste assunto: "Há tendências e correntes diferentes dentro da Igreja mas acho que devia haver mais bispos e padres a empurrar isto para a frente, porque o que noto no mundo é falta das pessoas pensarem mais pela sua própria cabeça" e diz ainda:"Unidos na comunhão mas também unidos pela diversidade"!


Eu vou mais longe, seria bom definir uma linha condutora, uma “regra”, que permita perceber de modo concreto e global, qual a posição oficial da Igreja! A sociedade em geral, os Católicos em particolar, necessitam de compreender de modo explícito, sem dogmas, nem fundamentalismos qual a direcção a seguir!

Para tal tem de haver um diálogo serio e aberto, á luz do Evangelho e da dignidade humana, sem olhar a preconceitos e ideias pré-concebidas!
A Igreja tem que ser “ unidade pela diversidade”!!








quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Eutanásia, testamento vital e o Vaticano




Fiquei com a nítida sensação que a Igreja deveria fazer um debate sério, cuidadoso e esclarecido sobre a eutanásia. Definir de forma clara o que é e o que não é eutanásia!
Explicar, expor os docomentos da Igreja – encíclicas, cartas, etc – que se referem ao valor da vida, aquilo que a Igreja defende!


Definir uma linha, uma regra de procedimento, para que todos os Católicos possam ter uma opinião coerente e esclarecida sobre o assunto. Sem dogmas, nem fundamentalismos!

Pois desde o Concilio Vaticano II, que a Igreja defende que, a vida é um valor sem preço, mas, que manter a vida artificialmente, não é aceitável! Senão vejamos:

CATECISMODAIGREJA CATÓLICA
Compêndio

470. Que proíbe o quinto mandamento?


2268-2283 2321-2326

O quinto mandamento proíbe como gravemente contrários à lei moral:
O homicídio directo e voluntário e a cooperação nele;
O aborto directo, querido como fim ou como meio, e também a cooperação nele, crime que leva consigo a pena de excomunhão, porque o ser humano, desde a sua concepção, deve ser, em modo absoluto, respeitado e protegido totalmente;
A eutanásia directa, que consiste em pôr fim à vida de pessoas com deficiências, doentes ou moribundas, mediante um acto ou omissão duma acção devida;
O suicídio e a cooperação voluntária nele, enquanto ofensa grave ao justo amor de Deus, de si e do próximo: a responsabilidade pode ser ainda agravada por causa do escândalo ou atenuada por especiais perturbações psíquicas ou temores graves.

471. O que é consentido, medicamente, quando a morte é tida como iminente?


2278-2279

Os cuidados habitualmente devidos a uma pessoa doente não podem ser legitimamente interrompidos. São legítimos o uso de analgésicos, que não têm como fim a morte, e também a renúncia ao «excesso terapêutico», isto é, à utilização de tratamentos médicos desproporcionados e sem esperança razoável de êxito positivo.


Será que estes princípios já estão ultrapassados?





Confiança em Deus á imagem de Jesus


A confiança é um dos grandes princípios para nos aproximarmos de Deus!

Jesus é exemplo disso!

Em toda a sua vida terrena, Ele, nunca se esqueceu do Pai!
Ele riu, chorou, sofreu, sentiu dores, cansaço etc. Transmitiu a todos aqueles que o seguiam essa mesma confiança! Sempre acreditou e confiou no Pai!
Tal como Ele, também nós, somos convidados, a ter essa mesma confiança total em Deus!

Então vejamos:


Jesus cura e dá confiança ao paralítico.

“Apresentaram-lhe um paralítico, deitado num catre. Vendo Jesus a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem confiança, os teus pecados estão perdoados.” (Mt 9, 2)


Pedro tem medo, e Jesus dá-lhe força e confiança.


“Ao ver isto, Simão caiu aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.» Ele e todos os que com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo acontecera a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão.Jesus disse a Simão: «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.”

( Lc 5 , 8-10)


A pouca Fé de muitas almas prejudica a nossa aproximação a Deus.
“Se podes...! Tudo é possível a quem crê», disse-lhe Jesus. Imediatamente o pai do jovem disse em altos brados: «Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!” (Mc 9 23-24)


“Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?”
( Mt 14, 31)

Jesus não conta senão com Deus.

“Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer.”
( Jo 15, 5)


Jesus confia que Deus providencia as necessidades temporais.


"Por isso vos digo: Não vos inquieteis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer ou beber, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Porventura não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestido? Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as. Não valeis vós mais do que elas? Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida?Porque vos preocupais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam! 29Pois Eu vos digo: Nem Salomão, em toda a sua magnificência, se vestiu como qualquer deles.Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?Não vos preocupeis, dizendo: 'Que comeremos, que beberemos, ou que vestiremos?'Os pagãos, esses sim, afadigam-se com tais coisas; porém, o vosso Pai celeste bem sabe que tendes necessidade de tudo isso. Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais se vos dará por acréscimo.” ( Mt 6, 25-33)

Deus concede-nos todos os socorros necessários para a santificação e a salvação de todas as almas.


” Jesus dizia: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem.”
( Lc 23, 34)


”Felizes, antes, os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática.”
(Lc 11, 28)