No inicio deste ano ocorreram uma serie de acontecimentos (pedofilia, assassínios, etc), de catástrofes naturais (terramotos, tufões chuvas torrenciais, derrocadas, etc) que levaram muitas pessoas a questionar a existência de Deus!
Sempre que acontece algo de mau, algo que o ser humano não consegue controlar, ouve-se logo a seguinte questão: “Onde estava Deus quando isto aconteceu?”
Todos nós criamos na nossa mente uma imagem de Deus que não corresponde na maioria dos casos ao Deus verdadeiro!
Todos nós criamos na nossa mente uma imagem de Deus que não corresponde na maioria dos casos ao Deus verdadeiro!
A imagem de Deus por nós criada é de um Deus que consegue colmatar as nossas necessidades e caprichos, ou de um Deus juiz, castigador e muralista, de “Deus-relojoeiro de Newton, ajustando a maquinaria do universo”, “Um Deus-providência ao nosso serviço, um superpai que nos proteja da natureza e das suas leis, esquecendo que "Deus não interveio para evitar o Gólgota nem Auschwitz nem evitou pestes, fomes e outros desastres".”
Então em que devemos acreditar?
"Cremos que o mal é também um mistério que dificilmente encaixa na imagem de um Deus omnipotente e misericordioso, sobretudo quando se traduz em sofrimento dos pobres e inocentes." Crêem no Deus que não tem ciúmes do ser humano e lhe deu capacidade criadora - talvez a ciência possa vir a prever os terramotos - e responsabilidade no mundo. Deus defende os pobres e oprimidos e abençoa os que trabalham pela justiça e pela paz.”
“Deus de Jesus deve ser "o grande acicate de justiça e solidariedade para todos os que se chamam cristãos".”
“face ao horror do Holocausto, o filósofo judeu Hans Jonas defendeu a impotência de Deus: em Auschwitz, Deus calou-se, "não porque não quis, mas porque não pôde". Pergunta-se: é claro que o poder e a bondade de Deus não podem ser concebidos ao modo humano, mas que ajuda traz um Deus impotente? Deus solidariza-se com o ser humano na cruz de Cristo.”
“Hans Küng, que reconhece que o mal parece ser "a rocha do ateísmo", pergunta, com razão, na sua última obra Was ich glaube (A minha fé): "O ateísmo explica melhor o mundo" do que a fé em Deus? "No sofrimento inocente, incompreensível, sem sentido, a descrença pode consolar? Como se a razão descrente não encontrasse também neste sofrimento o seu limite! Não, o antiteólogo não está aqui de modo nenhum melhor do que o teólogo."
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http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1493884&seccao=Anselmo Borges&tag=Opini%E3o - Em Foco
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1499307&seccao=Anselmo Borges&tag=Opini%E3o - Em Foco
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