quarta-feira, 28 de julho de 2010

Cumprir “Os Objectivos do Milénio” para quando?



Embora não seja novidade para ninguém! É sempre importante relembrar!


Estes são, os trecho mais importantes (para mim!) de um artigo de opinião, publicado, no jornal Diário de Noticias, de ontem, do Prof. Adriano Moreira :

"Quando, por outro lado, avaliamos a intervenção que pode referir-se ao Conselho de Segurança, onde, segundo as normas vigentes, está assente o poder de impor decisões a favor da paz, sem a qual é difícil admitir que existem Objectivos do Milénio viáveis, vamos encontrando uma enumeração tenebrosa de violências em curso: que a tortura é uma prática generalizada, e geralmente impune; que em Jerusalém Ocidental as demolições e novos colonatos podem constituir crimes de guerra; que a situação dos refugiados do Líbano é preocupante; em Gaza, os directores da UNRWA (Refugiados da Palestina no Próximo Oriente), condenam ataques contra instituições recreativas para crianças; no Quirguistão o alto-comissário para os Refugiados apela à reconciliação; na Somália até o direito de fugir tem dificuldades crescentes; no Darfur os grupos armados são exortados sem êxito a negociar com o governo; novas sanções são aplicadas ao Irão; no Kosovo o enviado da ONU apela à calma depois da violência; pede-se a punição dos que continuam a recrutar crianças-soldados; no Iraque e no Afeganistão a situação está longe de inspirar a esperança próxima de uma vida pacífica.
Não se encontra, em qualquer destas intervenções, uma repetida e decidida condenação do tráfico de armas que torna possíveis as violências, nem da privatização da guerra, nem da corrida à sofisticação dos armamentos, isto é, do complexo militar-industrial que, à margem do direito internacional, largamente se alimenta dos recursos que tornariam viáveis os Objectivos do Milénio. A distância da lei, e por vezes a distância desta do paradigma ético da ONU e da Declaração de Direitos Humanos, acentuam a gravíssima e alastrante situação de os factos articularem o normativismo à margem das instituições. Por isso, o apelo ao Estado de direito é crescente, a esperança na Justiça internacional consolida-se com louvores ao Tribunal Penal Internacional, o poder da palavra está em exercício: mas enquanto não se conseguir eliminar esta anarquia, os Objectivos do Milénio tardarão em ser um outro nome da paz."

Ler mais:

http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1627492&seccao=Adriano Moreira&tag=Opini%E3o - Em Foco

1 comentário:

  1. Olá
    Obrigado por tudo.
    Isto vai resolver-se...ou assim espero.
    Mas obrigado mais uma vez pelo apoio
    Bjs

    ResponderEliminar