domingo, 13 de dezembro de 2009
Crime pré-histórico em pleno século XXI
Nunca é demais lembrar! Estamos em pleno século XXI e ainda ocorrem crimes contra a dignidade da mulher, contra a dignidade humana!
A mutilação genital continua a ocorrer! Continuam a haver mulheres que são marcadas para toda a vida! Que por muitos anos que vivam nunca se esquecerão das atrocidades a que foram sujeitas!
“Ari Sanó tinha oito anos quando foi submetida à mutilação genital feminina, na Guiné-Bissau. "Não tinha consciência do que me estavam a fazer, mas, mesmo que tivesse, não podia fazer nada!" O que teve foi dores, tantas que se contorcia. E a navalha de quem lhe estava a cortar os órgãos genitais escapou, cortando os grandes lábios além dos pequenos.”
“A mulher, agora com 44 anos, nunca mais esquece o dia em que foi mutilada, nem os dois meses de dores que se lhe seguiram. Foi há 38 anos. Mas outra data ficou também na sua memória: tinha 16 anos quando a obrigaram a casar com um desconhecido. Só o viu no dia do casamento e dele teve duas filhas, sem prazer. Nem aquele outro dia em que chegou de uma viagem ao Senegal e descobriu que a filha mais velha, então com oito anos, tinha passado pelo mesmo sofrimento que a mãe. Tudo em nome da tradição da etnia mandinga, a que pertence a família.”
“E Ari conta um episódio para comprovar como é difícil o trabalho das ONG. "Uma prima minha faz isso e já me disse que só deixará de o fazer se lhe derem um salário." São profissionais da MGF que fazem com que alguns imigrantes aproveitem as férias no país natal para sujeitarem os filhos a tais barbáries, rapazes ou raparigas, mas são estas que ficam mutiladas.”
“A Guiné-Bissau não é o único país da CPLP a manter tais práticas, também há casos em Angola e Moçambique. "Não é uma prática religiosa, não está escrito em nenhum livro religioso. É uma tradição.”
Ler mais:
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1446115&seccao=CPLP
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1446111&seccao=CPLP
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1446120&seccao=CPLP
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É sempre difícil lutar contra as tradições. Mas estas, deste género, deviam ser severamente punidas.
ResponderEliminarUma coisa é respeito por tradições que promovem a pessoa, outra são estas que atentam contra a integridade/saúde de crianças que não têm voto na matéria.
Enfim, mudar as mentalidades é difícil... mas não impossível.
Um abraço João