quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Um dos novos velhos tipos de perseguições ao Cristianismo












Cristãos, Católicos e até membros de outras Religiões estejam atentos! Pois este tipo de perseguições poderão afectar-nos nos próximos anos!





Foi com algum espanto, e até incredulidade que ouvi falar pela primeira vez da bíblia satânica! Pensava eu que isto era fruto da imaginação de alguns! Mas, qual não é o meu espanto que, numa pequena e fácil pesquisa na net, logo a encontrei!!! Ao fazer uma leitura transversal fiquei preocupado, por tal motivo decidi escrever este artigo como forma de repudio e indignação pela quantidade de blasfémias contidas em tão poucas linhas!!





Senão vejamos:




“1. Satã representa indulgência, em vez de abstinência!
2. Satã representa existência vital, em vez de sonhos espirituais!
3. Satã representa sabedoria pura, em vez da autoilusão hipócrita!
4. Satã representa bondade para quem a merece, em vez de amor desperdiçado aos ingratos!
5. Satã representa vingança, em vez de virar a outra face!
6. Satã representa responsabilidade para o responsável, em vez de se ligar a vampiros espirituais!
7. Satã representa o homem como um outro animal, algumas vezes melhor, mais freqüentemente pior do que os outros que caminham de quatro, porque em seu "divino desenvolvimento espiritual e intelectual", se tornou o animal mais viciado de todos!
8. Satã representa todos os denominados pecados, pois eles se direcionam a uma gratificação física, mental e emocional!
9. Satã tem sido o melhor amigo que a igreja já teve, pois ele cuidou dos seus negócios todos esses anos!




““1)"Amar ao próximo" tem sido dito como a lei suprema, mas qual poder fez isso assim? Sobre que
autoridade racional o evangelho do amor se abriga? Por que eu não deveria odiar os meus inimigos - se o meu amor por eles não tem lugar em sua misericórdia?
2) É natural aos inimigos fazer o bem a todos? E o que é o bem?
3) Pode a vítima dilacerada e coberta de sangue amar o sangue esguichado pelos tubarões que a dilaceraram membro por membro?
4) Não somos todos nós animais predatórios por instinto? Se os homens pararem de depredar os outros, eles
poderão continuar a existir?
5) Não é a luxúria e o desejo carnal a mais verdadeira definição para descrever o "amor" quando aplicada à
continuidade da raça? Não é o "amor" das bajuladas escrituras simplesmente um eufemismo para a atividade sexual, ou era o grande mestre um exaltador de eunucos?
6) Ame os seus inimigos e faça o bem aos que o odeiam e o usam - não é a desprezível filosofia da pessoa servil que vira as costas quando chutado?
7) Odeie seus inimigos na totalidade do seu coração, e se um homem lhe dá uma bofetada, dê-lhe outra!; atinja-o dilacerando e desmembrando-o, pois autopreservação é a lei suprema!
8) Quem mostra a outra face é um cão covarde!”

Isto é só uma pequena amostra! O que acho ser suficiente para nos por alerta e realmente preocupados!!!

Ler mais:

http://ouijahp.kit.net/downloads/biblia_satanica.pdf

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bento XVI e os Católicos por hábito






Ao ler as notícias sobre a visita do Papa Bento XVI á sua terra natal, fico com a nítida sensação de que temos um Papa muito atento ao que se passa com o seu imenso rebanho! Ficam aqui as frases que para mim são mais significativas:

“a “verdadeira crise da Igreja” Católica no mundo ocidental é uma “crise de fé”, apontando o dedo às consequências do relativismo e o individualismo.”

“Às vezes, este relativismo torna-se combativo, lançando-se contra pessoas que afirmam saber onde se encontra a verdade ou o sentido da vida”

“No nosso mundo rico ocidental, há carências. Muitas pessoas carecem da experiência da bondade de Deus. Não encontram qualquer ponto de contacto com as Igrejas institucionais e as suas estruturas tradicionais”

“A Igreja deve abrir-se incessantemente às inquietações do mundo e dedicar-se a elas sem reservas”, prosseguiu o Papa, alertando para “uma tendência contrária, ou seja, a de uma Igreja que se acomoda neste mundo” e “dá uma importância maior, não ao seu chamamento à abertura, mas à organização e à institucionalização”.
Citando a beata Teresa de Calcutá, Bento XVI afirmou que “a Igreja não são apenas os outros, não é apenas a hierarquia, o Papa e os bispos”, mas todos os batizados, chamados a deixar de lado “tudo aquilo que seja apenas tática e procurar a plena sinceridade, que não descura nem reprime nada da verdade do hoje”

“Uma Igreja aliviada dos elementos mundanos é capaz de comunicar aos homens, precisamente no âmbito sociocaritativo – tanto aos que sofrem como àqueles que os ajudam –, a força vital particular da fé cristã”, disse ainda."

“não são as palavras que contam, mas o agir, os atos de conversão e de fé”

“Em última análise, a renovação da Igreja só poderá realizar-se através da disponibilidade à conversão e duma fé renovada”



sexta-feira, 29 de julho de 2011

Uma Igreja plenamente Cristã



“Como procederia Jesus nas actuais situações, quando pensamos no modo como agiu? Seria contra o preservativo, os anticonceptivos, excluiria as mulheres, obrigaria ao celibato, proibiria a comunhão aos recasados? Que diria sobre as relações sexuais antes do casamento? Como procederia em relação ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso?”

Estas perguntas estão num artigo de opinião do Padre Anselmo Borges publicado no jornal Diário de Noticias, que nesse mesmo artigo responde da seguinte maneira:

“A Igreja não pode entender-se como um aparelho de poder ou uma empresa religiosa, mas como povo de Deus e comunidade do Espírito nos diferentes lugares e no mundo. O papado não tem que desaparecer, mas o Papa não pode ser visto como "um autocrata espiritual", antes como o bispo que tem o primado pastoral, vinculado colegialmente com os outros bispos.”

“A Igreja, ao mesmo tempo que tem de fortalecer as suas funções nucleares - oferecer aos homens e mulheres de hoje a mensagem cristã, de modo compreensível, sem arcaísmos nem dogmatismos escolásticos, e celebrar os sacramentos -, deve assumir as suas responsabilidades sociais, apresentando, sem partidarismos, à sociedade opções fundamentais, orientações para um futuro melhor.”

“Não se trata de acabar com a Cúria Romana, mas de reformá-la segundo o Evangelho. Essa reforma implica humildade evangélica (renúncia a títulos como: Monsignori, Excelências, Reverências, Eminências...), simplicidade evangélica, fraternidade evangélica, liberdade evangélica. E é necessário mais pessoal profissional, acabando com o favoritismo. De facto, esta Igreja é altamente hierarquizada e ao mesmo tempo caótica. Quem manda no Vaticano? "Conselheiros independentes haverá poucos."”

“Mais: precisa-se de transparência nas finanças da Igreja; deve-se acabar com a Inquisição, não bastando reformá-la, e eliminar todas as formas de repressão; não é suficiente melhorar o Direito eclesiástico, que precisa de uma reforma de base; deve-se permitir o casamento dos padres e dos bispos, abrir às mulheres todos os cargos da Igreja, incluir a participação do clero e dos leigos na eleição dos bispos; não se pode continuar a vedar a Eucaristia a católicos e protestantes; é preciso promover a compreensão ecuménica e o trabalho em conjunto.”



Só assim poderemos ter uma Igreja mais Cristã!












quinta-feira, 28 de julho de 2011

Donde vem o mal?



É comum ouvir até mesmo entre pessoas crentes um discurso derrotista, um discurso de descrença e de desânimo quando algo corre mal, do género: “se Deus existe porque é que há tanta maldade no mundo?”, “Não poderia Deus acabar com tanto sofrimento no mundo?”
O Padre Anselmo Borges neste artigo de opinião publicado no jornal Diário de Noticias ajuda a compreender o mal existente no mundo!

Ver:


http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1851941&seccao=Anselmo Borges&tag=Opini%E3o - Em Foco

Aqui ficam as frases mais significativas para mim:


“Quando procuramos a raiz última do mal, encontramo-la na finitude. O mundo é finito e, por isso, há nele, inevitavelmente, mal: o finito não pode ser perfeito, pois tem falhas, carências, e nele haverá choques, pois, como escreveu Espinosa, "toda a determinação é negação".”
“é preciso considerar é que o mundo produz mal, todo o mal tem origem no próprio mundo. Por isso, na peste negra, houve procissões; com o terramoto de Lisboa, pensou-se que Deus o tinha permitido. Agora, com o tsunami no Japão, dá-se uma explicação científica, e, com a sida, investiga-se nos laboratórios.”


“se o mal é inevitável, por que é que Deus o criou? "Não posso responder ao ateu que diz que o mundo é absurdo, que não vale a pena. Eu não sou pessimista: creio que vale a pena e que há um referendo na Humanidade: todos, no fundo, sabemos que vale a pena. Por isso, continuamos a trazer filhos ao mundo."”



“pois todos têm de enfrentar-se com o mal e cada um tem a sua resposta para o problema. O crente religioso tem a sua: crê que Deus não teria criado o mundo, se de algum modo não fosse possível libertar--nos do mal. O que se passa é que o que não é possível num dado momento pode sê-lo mais tarde. Quem pode conceber-se a aparecer já adulto no mundo? A realidade é processual, e o crente em Deus como Amor e Anti-mal espera a salvação definitiva e plena para lá da morte.”



“depois da morte, não continuamos finitos? Confiamos em Deus e podemos mostrar, com razões, que a salvação eterna não é contraditória, mas possível.”



“Sim, a pessoa é um ser finito, mas com uma abertura infinita. Este é o mistério do Homem. Nunca estamos acabados, nenhum ser humano morre definitivamente feito. Não há nada finito que possa preencher a abertura humana, não há nada finito que possa realizar a nossa capacidade de conhecer e amar.



quarta-feira, 27 de julho de 2011

Fim do mundo“Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe: nem os anjos do Céu, nem o Filho, só o Pai” ( Mt 24, 3-36)








Foi com algum espanto e preocupação que li na semana passada notícias que davam conta de uma recomendação do Vigário Geral da diocese de Leiria-Fátima o Padre Jorge Manuel Faria Guarda. A nota oficial foi publicada na página oficial da diocese de Leiria-Fátima, na Internet. Essa nota oficial dá conta da existência de grupos de oração católicos, que se reúnem em casas particulares; grupos de oração “inspirados em diversas correntes de espiritualidade e de piedade, por vezes mariana e fatimita [relacionados com a mensagem de Fátima] ” nos quais “circulam mensagens de videntes e de pretensas aparições da Virgem Maria”, com conteúdos “por vezes de teor apocalíptico a prever o fim do mundo”. O que na minha opinião é preocupante, pois este tipo de grupos de oração são degenerastes e degradantes, confundindo as pessoas menos preparadas na sua formação da fé!





Nessa mesma nota oficial o Vigário Geral da diocese de Leiria-Fátima faz as seguintes recomendações:

“É louvável que os fiéis leigos tomem iniciativas para constituir grupos de oração…. Na adesão a tais grupos, os fiéis católicos procurem informar-se sobre os mesmos e se têm a aprovação por parte dos pastores da Igreja, nomeadamente do pároco local. Os pastores, por seu lado, procurem avaliar as iniciativas dos leigos, reconheçam o que é bom, acolham-no e dêem aos fiéis esclarecimentos e apoios oportunos.”

“Na prática da oração, tenham-se em conta os ensinamentos de Jesus que adverte para não se usarem de vãs repetições e não se pensar que, por muito falar, se é atendido (cf Mt 6, 5-15)…….. É verdade que há vários modos de fazer oração, mas nem todas têm o mesmo valor. Prefira-se as que se baseiam na palavra de Deus e as que são aprovadas pela Igreja, em vez das que resultam de visões ou aparições privadas não confirmadas pelos pastores da Igreja.”

“Perante mensagens que anunciam o fim do mundo e castigos para breve, os fiéis católicos não se deixem amedrontar. Jesus exortou os seus discípulos a não terem medo. E, sobre o fim do mundo, disse-lhes que tivessem cuidado para que ninguém os desencaminhasse nem enganasse, porque viriam muitos em seu nome que haveriam de enganar muita gente, “mas aquele que se mantivesse firme até ao fim seria salvo”…… Portanto quem pretende ter recebido uma visão a indicar o fim do mundo para breve ou indicando uma data está a inventar isso por sua cabeça e a mentir.”

“Também S. Paulo recomendou aos cristãos de Tessalónica que examinassem as profecias e retivessem somente o que fosse bom ( 1 Tes 5,20-22). É que já no seu tempo, particularmente na comunidade de Tessalónica, havia quem difundisse mensagens amedrontadoras, usando por vezes abusivamente o nome de um apóstolo. ………Hoje, há quem use o nome de Nossa Senhora ou o seu Imaculado Coração para divulgar esse tipo de mensagens. É preciso não se deixar enganar. O critério para avaliar se uma mensagem, venha ela de onde vier, pode ser tida por verdadeira é a sua conformidade com o Evangelho de Jesus Cristo e a doutrina cristã.”

“Tenham os fiéis algum cuidado quando se lhe pede dinheiro nos grupos de oração…… Há quem se aproveite da generosidade dos outros.”

“Para evitar deixar-se enganar, recomenda-se aos fiéis católicos que cuidem da sua própria formação na fé, quer pela leitura e estudo pessoal quer frequentando as iniciativas paroquiais ou mesmo a Escola diocesana “Razões da Esperança” e o Centro de Formação e Cultura; e quaisquer acções de formação proporcionadas na Igreja.”

Ler mais:




terça-feira, 31 de maio de 2011

Falemos do que está realmente em jogo nestas eleições legislativas!






Estando a menos de uma semana das eleições legislativas, há ainda muitos portugueses com muitas dúvidas; não sabem se devem ir votar, em quem votar, se estas eleições terão realmente repercussões na nossa vida quotidiana etc.

O Doutor João César das Neves, no seu artigo de opinião publicado hoje no jornal Diário de Noticias, ajuda-nos a compreender o quanto é importante ir votar nestas eleições!
Resumindo, só com o nosso voto, o voto consciente de cada português se pode escolher o caminho que queremos para o nosso país!

Aqui fica o que de mais significante encontrei neste artigo:

“Para entender a situação é preciso ultrapassar o nevoeiro da retórica eleitoral e a tolice dos comentadores de ocasião e avaliar o plano económico. Isso exige algo que poucos fazem: ler o "memorando de entendimento", não para encontrar argumentos, mas para saber o que diz.”

“O plano tem três aspectos surpreendentes. Primeiro, ao contrário de 1978 e 1983, não se limita ao buraco financeiro, mas preocupa-se com o crescimento e a reestruturação da economia. Do mercado de trabalho (4.1-4.9) à energia (5), saúde (3.49-3.82), bancos (2) e correios (5.20-5.21), as propostas estendem-se a múltiplos aspectos da situação. Claro que as coisas estão ligadas e o pagamento da dívida será facilitado se a estagnação económica for rompida. Mas o FMI costuma ser acusado de visão mesquinha e curta, sacrificando o desenvolvimento futuro aos pagamentos imediatos. Desta vez, pelo menos, adoptou atitude larga e sensata.”

“Além disso, forçando dolorosos ajustamentos que farão sofrer muita gente, o plano mostra preocupações sociais de justiça: nas pensões (1.11), nos benefícios fiscais (1.20 i), nas taxas moderadoras (3.49), no acesso à saúde (3.69 i), no subsídio de desemprego (4.1 iv), etc. Também isto é inesperado. Mas o elemento central é que, apesar de marcar metas claras e precisas, deixa a Portugal a escolha dos meios para as atingir. Chega a recomendar estudos que indicarão a solução. Haverá controle apertado na obtenção de exigentes objectivos, mas bastantes graus de liberdade na forma de os conseguir.”

“Este elemento torna as eleições relevantes. O plano apenas fornece um esquema geral, que o nosso Governo concretizará. Ele acerta os totais; mas dá liberdade nas parcelas. Seremos nós a decidir quem paga os custos da solidez financeira. O memorando traça o destino, e nisso o nosso voto é irrelevante. O que decidiremos no domingo é a partilha de sacrifícios. Esta é, ao mesmo tempo, a oportunidade e o perigo, pois torna visível a nossa questão social.”

Primeiro, maioria absoluta. Depois, um Governo com sentido de Estado, que ponha o interesse nacional acima da popularidade imediata. Se o plano tiver sucesso, dentro de quatro anos ganhará as eleições por mérito próprio. Entretanto, poderá ir atirando a culpas para o FMI.”

“Portugal tem três problemas: financeiro, económico e social. O memorando tratará dos dois primeiros, se as eleições resolverem o terceiro.”


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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Assim se faz campanha eleitoral no nosso país!

Compram-se apoiantes por dez ou quinze euros; mesmo que não possam votar! Pois…trata-se de emigrantes!



Barra-se a aproximação de manifestantes incómodos a qualquer custo! Nem que seja com recurso á violência!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

As semelhanças entre José Sócrates e o grande actor António Silva

Ao ler o artigo de opinião do Dr. João César das Neves publicado hoje no jornal Diário de Noticias, senti um misto de preocupação e vontade de rir!!



É tão evidente a semelhança entre estes dois grandes actores, que, não resisti á tentação de aos trechos do artigo de opinião adicionar pequenos vídeos do grande actor que foi António Silva!




“Na campanha eleitoral de 2005 e nos primeiros meses após tomar posse como chefe do Governo, Sócrates tomou a atitude digna e severa do alfaiate Caetano de A Canção de Lisboa (1933). Sempre muito imparcial e desinteressado, criticava o Vasquinho da Anatomia (na circunstância o Dr. Santana Lopes, antecessor no cargo) como cábula e estroina. Acima de tudo, estava indignado por ele namorar com a filha, a costureirinha Alice (o povo). Entretanto, com "a máxima imparcialidade" manipulava a seu favor o resultado da eleição da rainha das costureiras da Academia Recreativa Dr. Barbosa Girão: "então um bocado de hino, façam favor, sim?". De facto, as promessas solenes de nunca subir impostos foram logo renegadas, aumentando o IVA. Afinal tudo não passava de um truque para poder "comer o dinheiro às velhotas", as tias de Trás-os-Montes.”



“À medida que o tempo passava o senhor Primeiro-Ministro, genial comediante, mudou de pele e foi aparecendo como o senhor Anastásio de O Leão da Estrela (1947). Eterno optimista, fazia promessas inauditas: plano tecnológico, reforma da administração, saúde e educação, energias renováveis, tudo ia ser possível: "O Peyroteo chuta no Terreiro do Paço e mete golo no estádio do Lima." Além disso defendia os seus partidários com todo o fanatismo: "Se é leão é um homem de bem." Com ele a democracia ganhava novos cambiantes: "Eu trato o meu semelhante de igual para igual: o que é meu é meu, o que é teu é nosso."



“Quando se começou a ver que as reformas afinal não aconteciam, e além disso os jornais descobriam escândalos sucessivos, houve nova mudança, desta vez para Simplício Costa de O Costa do Castelo (1943). Versejador, professor de fado, caloteiro sempre optimista, era imparável: "Quanto é que você aposta/que o povinho até se afasta,/quando vir passar o Costa/a correr com esta pasta?". Os seus planos e projectos eram como a da compra da telefonia de 300 escudos: "'Vendia-ma por 400. Eu dava-lhe 20 escudos semana sim, semana não. Na semana sim, que eu não pagaria, ficava para a semana não. Sim?' 'Não!'."



“Chegou-se finalmente ao momento decisivo. Em Setembro de 2008 o mundo caiu na maior crise do nosso tempo, que finalmente revelou José Sócrates na sua real personalidade. Ele é O Grande Elias (1950), o supremo aldrabão. Os seus esquemas são todos infalíveis. Foi à Europa e disse: "'Vamos fazer uma vaca de cem escudos. Tu dás os cem escudos'. 'E tu?'. 'Eu dou o palpite que vale três contos e quinhentos. Achas pouco?'". Assim os gastos iam subindo. Eram auto- -estradas, PPP, aeroporto, TGV, tudo ideias excelentes que sorviam cada vez mais verbas: "'200 contos!? Mas para que é que foi tanto dinheiro?' 'Outra ideia do Elias. Disse-me que era para uma fábrica de botões'. 'E que fizeram aos 200 contos'. 'Ora, abotoaram- -se com eles'." Só que infelizmente, ao contrário do filme, no final a tia do Brasil (que neste caso era alemã e chamava-se Ângela) não o quis salvar.”



“Tudo acabou, nos últimos tempos, como o Evaristo droguista de O Pátio das Cantigas (1942), julgando-se superior aos vizinhos, sempre ofendido porque acha que ninguém o entende. É gozado por todos mas mantêm uma sobranceira indignação perante as incompreensões. Acima de tudo, fica "dessincronizado" quando lhe gritam "Oh Evaristo, tens cá disto?". Porque já só terá aquilo que lhe emprestarem.”



Ler mais:

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1847507&seccao=Jo%E3o C%E9sar das Neves&tag=Opini%E3o - Em Foco







terça-feira, 12 de abril de 2011

Os símbolos e as expressões religiosas no Ocidente são crime?




«Esconder a cara no espaço público, seja com o que for, é passível, a partir de hoje em França, de uma punição com uma multa de 150 euros ou um estágio de cidadania.”»

«"Esta lei é um atentado aos meus direitos europeus, não faço mais do que os defender: ou seja a minha liberdade de ir e vir, a minha liberdade religiosa", afirmou Drider, rodeada por alguns jornalistas na gare de Avignon (sudeste), onde ia apanhar um comboio para Paris.»

«"Esta lei viola o direito", insistiu esta mãe de quatro filhos que vive em Avignon.»

«"Segundo esta lei, a minha mulher devia ficar fechada em casa, acham normal? Não consigo compreender isto no país dos direitos humanos", declarou o marido, Allal Drider, que a tinha vindo acompanhar à gare.»

«No entanto, outras opiniões, como a de Malek Chebel, um dos principais teóricos do Islão em França e tradutor do Corão em francês, prefere classificar a medida como "uma lei má de má política". "O que está em causa é, apenas, o lugar do Islão em França, na Europa e no mundo", declarou Chebel, autor de obras de referência como "O Islão das Luzes" e que se distinguiu em quase dois anos de debate por ser tanto contra a interdição como contra o uso do véu integral. "O Islão causa medo: é uma religião jovem, em renascimento", sublinhou também Chebel.»



Ao ler estas notícias, fico com a nítida sensação de que o Ocidente está a tomar medidas extremistas semelhantes às que tanto criticamos nos países Islâmicos! Tal como a polémica dos crucifixos nas escolas, esta lei que proíbe o uso do véu integral em França parece-me excesso de zelo, até uma perseguição religiosa! Nos dias de hoje a Ocidente qualquer manifestação de fé é considerada quase um crime!


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terça-feira, 15 de março de 2011

Os nossos políticos Católicos e a Doutrina Social da Igreja


Sabendo nós que vivemos num País tradicionalmente Católico, havendo inclusive estudos que comprovam que mais de 80 % dos Portugueses receberam o sacramento do baptismo, é lógico acreditar que mais de 50% dos nossos Políticos sejam Católicos! É por tudo isso, é inadmissível as politicas por eles praticadas, á luz da Doutrina Social da Igreja!

Senão vejamos:


“Os modos concretos como a comunidade política organiza a própria estrutura e o equilíbrio dos poderes públicos, podem variar, segundo a diferente índole e o progresso histórico dos povos; mas devem sempre ordenar-se à formação de homens cultos, pacíficos e benévolos para com todos, em proveito de toda a família humana.” (G.S. 74)

“Para estabelecer uma vida política verdadeiramente humana, nada melhor do que fomentar sentimentos interiores de justiça e benevolência e serviço do bem comum e reforçar as convicções fundamentais acerca da verdadeira natureza da comunidade política, bem como do fim, recto exercício e limites da autoridade." (G.S. 73)

“Todos os cristãos tenham consciência da sua vocação especial e própria na comunidade política; por ela são obrigados a dar exemplo de sentida responsabilidade e dedicação pelo bem comum, de maneira a mostrarem também com factos como se harmonizam a autoridade e a liberdade, a iniciativa pessoal e a solidariedade do inteiro corpo social, a oportuna unidade com a proveitosa diversidade. Reconheçam as legítimas opiniões, divergentes entre si, acerca da organização da ordem temporal, e respeitem os cidadãos e grupos que as defendem honestamente……. Deve atender-se cuidadosamente à educação cívica e política, hoje tão necessária à população e sobretudo aos jovens, para que todos os cidadãos possam participar na vida da comunidade política. Os que são ou podem tornar-se aptos para exercer a difícil e muito nobre arte da política, preparem-se para ela; e procurem exercê-la sem pensar no interesse próprio ou em vantagens materiais.” (G.S. 75)

“Aderindo fielmente ao Evangelho e realizando a sua missão no mundo, a Igreja -a quem pertence fomentar e elevar tudo o que de verdadeiro, bom e belo se encontra na comunidade dos homens - consolida, para glória de Deus, a paz entre os homens.” (G.S. 76)


Se o homem se deixar ultrapassar e não prever a tempo e horas a emergência dos novos problemas sociais, estes tornar-se-ão demasiado graves para poder esperar-se para eles uma solução pacífica.” (O.A. 16)

“Tomar a sério a política, nos seus diversos níveis, local, regional, nacional e mundial, é afirmar o dever do homem, de todos os homens de reconhecerem a realidade concreta e o valor da liberdade de escolha que lhes é proporcionada, para procurarem realizar juntos o bem da cidade, da nação e da humanidade. A política é uma maneira exigente - se bem que não seja a única - de viver o compromisso cristão, ao serviço dos outros. Sem resolver todos os problemas, naturalmente, a mesma política esforça-se por fornecer soluções, para as relações dos homens entre si. O seu domínio é vasto e abrange muitas coisas, não é porém, exclusivo; e uma atitude exorbitante que pretendesse fazer da política algo de absoluto, tornar-se-ia um perigo grave. Reconhecendo muito embora a autonomia da realidade política, esforçar-se-ão os cristãos, solicitados a entrarem na acção política, por encontrar uma coerência entre as suas opções e o Evangelho e, dentro de um legítimo pluralismo, por dar um testemunho, pessoal e colectivo, da seriedade da sua fé, mediante um serviço eficaz e desinteressado para com os homens.” (O.A.46)


“Misturadas com as diversas correntes e a par das aspirações legítimas insinuam-se também orientações ambíguas; por isso, o cristão deve operar uma selecção e evitar de comprometer-se em colaborações incondicionais e contrárias aos princípios de um verdadeiro humanismo, mesmo que tais colaborações sejam solicitadas em nome de solidariedades efectivamente sentidas. Se ele quiser, de fato, desempenhar um papel específico como cristão, em conformidade com a sua fé - aquele papel que os próprios não crentes esperam dele - ele deve velar, no decurso do seu compromisso activo, para que as suas motivações sejam sempre esclarecidas, para transcender os objectivos prosseguidos, com uma visão mais compreensiva, a qual lhe servirá para evitar o escolho dos particularismos egoístas e dos totalitarismos opressores.” (O.A. 49)

“A Igreja convida todos os cristãos para uma dupla tarefa, de animação e de inovação, a fim de fazer evoluir as estruturas, para as adaptar às verdadeiras necessidades actuais….. Cada um deve ter muito a peito o examinar-se a si mesmo e o fazer brotar em si aquela liberdade verdadeira segundo Cristo, que abra para uma visão universal, no meio dos condicionamentos mais particulares.” (O.A. 50)

Ler mais:

http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19651207_gaudium-et-spes_sp.html

http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/apost_letters/documents/hf_p-vi_apl_19710514_octogesima-adveniens_po.html

http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html#A COMUNIDADE POLÍTICA

segunda-feira, 14 de março de 2011

“Geração á rasca”? São todas!


Geração á rasca”, foi o titulo atribuído á manifestação ocorrida no sábado passado. As reacções não se fizeram esperar, para uns foi um sucesso, para outros uma vergonha! Para mim nem uma coisa nem outra!
Se por um lado tenho que dar razão a quem se manifestou, pois todos nós estamos á rasca! Por outro lado tenho que dizer que olhando ao facto de não ter ouvido ou lido qualquer proposta ou alternativa criteriosa, tenho também de concordar com quem não se manifestou!

João César das Neves no seu artigo de opinião publicado hoje no jornal Diário de Noticias revela a sua opinião, da qual eu partilho e aqui exponho grande parte.


Estes excertos levam-nos a questionar os verdadeiros fundamentos desta manifestação:


“Muita da irritação destas gerações é compreensível. Têm razão no protesto. Mas é bom lembrar que só há desilusão se antes houver ilusão. Foi o mito da vida fácil com dívida europeia que nos meteu a todos nesta crise. Nisso somos todos, mais ou menos, responsáveis.”

“Normalmente omite a terrível dureza da vida das duas primeiras gerações para se centrar na justa raiva das duas últimas. Assim motiva os protestos. Mas protestos porquê? Protestos contra quem? Será que vale a pena protestar contra a data do nosso nascimento? Contra a sociedade onde caímos? Quereríamos voltar atrás? Não podemos e, se pudéssemos, então era difícil convocar manifestações no Facebook!”

Protestos porquê? Seria razoável os avós dos actuais jovens terem-se manifestado contra a má electrificação? Os pais protestarem por sermos mais pobres que a Europa? Eles fizeram muitas manifestações no seu tempo, por exemplo contra a guerra colonial. Mas aí havia um pedido concreto. Hoje o problema dos protestos é não saberem o que querem que se faça. Sabem o que pretendem, o mesmo que todos queremos. Mas, como todos, não sabem bem como lá chegar.”

“Protestos contra quem? Quem é responsável pelo actual estado de coisas? Vamos acusar as gerações anteriores? De quê? Da electrificação? Da democracia e adesão à Europa? De nos terem trazido o Facebook e darem casa aos filhos, porque o trabalho precário não lhes permite melhor?”

Nos excertos que se seguem somos levados a reflectir sobre a realidade económica, social e política, que as últimas três gerações e a actual foram de algum modo “obrigadas” a viver ou sobreviver. Lançando também um repto de unidade e audácia para melhor preparar cívica e moralmente a geração que se segue:

“Existe ainda uma geração entre nós: aquela que terá cerca de 20 anos em 2030. Esses não têm culpa nenhuma. Seria bom que, em vez de protestar contra o estado da nossa geração, todos nos esforçássemos por melhorar a deles, enfrentando este desafio como enfrentámos os anteriores.”

“Ainda é activa boa parte das pessoas que tinham 20 anos por volta de 1955. Essas não se podem considerar enganadas, porque ninguém lhes disse que ia ser fácil. Viveram a guerra colonial e a prosperidade da ditadura. Mas é bom lembrar que nessa prosperidade tratava-se, por exemplo, de terminar a electrificação nacional. Mesmo com emprego seguro e crescimento geral, tinham uma vida hoje inimaginável.”

“A geração seguinte tinha 20 anos por volta de 1975. Essa não conheceu a guerra, mas fez o 25 de Abril e aderiu à Europa. As descrições românticas do período heróico tendem a esconder o medo, a incerteza, os sacrifícios dessa época. O Portugal que no tempo do salazarismo se sabia atrasado e pobre, mesmo crescendo rápido, deixou de crescer e andou nas notícias mundiais devido à confusão. Depois as coisas acalmaram e fomos o "o bom aluno europeu". Mas também aí a geração não foi enganada, porque todos lhe diziam que seria difícil o desafio. E foi.”

“Seguem-se os que tinham 20 anos por volta de 1995. Esses, de facto, podem dizer-se uma geração enganada. Discursos, debates, projectos, planos prometeram que, chegando ao euro, tudo ia ser fácil. Bastava estudar alguma coisinha e haveria empregos bons e seguros. Eles acreditaram. Para depois descobrirem amargamente aquilo que pais e avós tinham sabido à sua maneira: a vida é dura e ninguém nos garante nada. É verdade que a vida hoje é muito menos dura do que foi nas décadas anteriores, cuja dureza já esquecemos. Mas a frustração não vem do que se vive. Vem da expectativa.”

“Existe depois a geração que tem hoje mais ou menos 20 anos. Essa já não é enganada. Discursos, debates, projectos e planos ainda lhes prometem o mesmo de antes, mas ninguém acredita. Notícias, canções, conversas de café e histórias de amigos não deixam ilusões. Esses, como os que fizeram a electrificação ou o 25 de Abril, sabem à partida que a vida vai ser muito dura. Mas, embora sem ilusões, ainda têm uma amargura que os antigos não tinham. Sentem-se com direito ao que sabem que não vão ter porque, de alguma maneira, admitem os tais discursos, embora em desespero.”

Ler mais:

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1805286&seccao=Jo%E3o C%E9sar das Neves&tag=Opini%E3o - Em Foco&page=-1


quarta-feira, 9 de março de 2011

Geração parva, à rasca ou á deriva?


Com o agravamento da crise, das condições laborais, o aumento dos impostos, etc; os movimentos de contestação têm crescido, muito em especial entre os jovens.
Embora eu concorde em parte com toda esta contestação, tenho de dizer que mais do que gritar, vir para a rua! Há que arrumar as ideias, definir objectivos e arregaçar as mangas!


Ser jovem tem de ser sinal de esperança!

Ficam aqui trechos de dois artigos de opinião com que me Identifico a respeito deste tema:

“Porque se estudaram e são escravos, são parvos de facto. Parvos porque gastaram o dinheiro dos pais e o dos nossos impostos a estudar para não aprender nada.”

Felizmente, os números indicam que a maioria dos licenciados não tem vontade nenhuma de andar por aí a cantarolar esta música, pela simples razão de que ganham duas vezes mais do que a média, e 80% mais do que quem tem o ensino secundário ou um curso profissional.”

“É claro que os jovens tiveram azar no momento em que chegaram à idade do primeiro emprego. Mas o que cantariam os pais que foram para a guerra do Ultramar na idade deles? A verdade é que a crise afecta-nos a todos e não foi inventada «para os tramar», como egocentricamente podem julgar, por isso deixem lá o papel de vítimas, que não leva a lado nenhum.”

“Parecem não perceber que só há uma maneira de dizer basta: passando activamente a ser parte da solução. Acreditem que estamos à espera que apliquem o que aprenderam para encontrar a saída. Bem precisamos dela.”

“Dois tipos com ar idiota e anacrónico gozam com os clichés das "canções de intervenção" do período imediatamente posterior ao 25 de Abril de 1974. Apesar de não terem muita graça, permitem a catarse, a sorrir, - a melhor via para a cura de qualquer trauma social - da evidência ridícula dessa faceta de uma geração que, já agora, foi também a geração, à rasca, que enfrentou problemas tão complexos como a ditadura (política, económica e cultural), a Guerra Colonial, o analfabetismo, a pobreza, o atraso civilizacional, a construção de um novo regime, a descolonização e a inflação de dois dígitos. Não se saíram nada mal, convenhamos.”

“Pois a caricatura foi eleita, pelo voto popular, vencedora do festival da RTP. Como duvido que as células revolucionárias mobilizáveis pelo GAC tenham reaparecido e organizado uma chapelada nas urnas, pasmo. Lembro a votação nas presidenciais em José Manuel Coelho, o candidato ridicularizado pela comunicação social. E como, contraditoriamente, o júri regional da RTP rejeitou esses mesmos Homens da Luta. Junto a convocação, anónima, da manifestação da nova "geração à rasca", do dia 12, que abraçou como hino uma canção do grupo Deolinda...”

“Sabem o que me preocupa? É que a cantiga é uma arma, sim senhor. No tempo de José Mário Branco era contra a burguesia. Agora, com este movimento sorrateiro, não sei muito bem contra o que é. Alguém sabe?”

Ler mais:

http://www.destak.pt/opiniao/87876

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1800902&page=-1


terça-feira, 8 de março de 2011

A fé e o monopólio da verdade


“Qualquer pessoa verdadeiramente religiosa já alguma vez disse para si mesma: se tivesse nascido noutro continente, de uma família de outra religião, muito provavelmente a minha pertença religiosa seria outra. Na Índia, seria hindu. Em Marrocos ou na Indonésia, muçulmano. Em Israel, de mãe judaica, seguiria o judaísmo. Na China, seria confucianista ou taoísta. No Japão, xintoísta. Na Europa, em Portugal, cristão católico; na Rússia, cristão ortodoxo; na Suécia, cristão luterano.”

“Como conclui Hans Küng, podemos aprender uns com os outros, não apenas tolerar-nos, mas cooperar; temos o direito de debater sinceramente sobre a verdade: ninguém tem o monopólio da verdade, embora isso não signifique renunciar à confissão da verdade própria - "diálogo e testemunho não se excluem"; cada um deve seguir o seu caminho comprovado, mas conceder que os outros podem encontrar a salvação através da sua religião; vendo as coisas de fora, há diferentes caminhos de salvação, diversas religiões verdadeiras, mas, a partir de dentro - por exemplo, "para mim como cristão crente", só há uma religião verdadeira: a minha; a atitude ecuménica significa ao mesmo tempo "firmeza e disposição para o diálogo": "para mim pessoalmente, manter-me fiel à causa cristã, mas numa abertura sem limites aos outros." “


“Não há verdade abstracta. Por um lado, Deus revela-se na história. Por outro, a pessoa religiosa relaciona-se com o Divino pela mediação histórico-concreta de uma tradição religiosa particular.”

Estes são excertos dos dois últimos artigos de opinião do Pe. Anselmo Borges, publicados no jornal Diário de Notícias. Nesses artigos o Pe. Anselmo Borges fala-nos das raízes da nossa crença, do quanto o local onde nascemos e crescemos condicionam a religião que professamos. Diz-nos também que não devemos ter a presunção de deter “o monopólio da verdade”.

Para escrever estes artigos o Pe. Anselmo Borges inspirou-se na última obra -“Was ich glaube (A minha fé) - do grande teólogo católico Hans Küng, autor de grandes obras literárias que todos nós Católicos deveríamos ler!


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Quais serão os resultados destas revoltas populares nos vários países do Norte de África e do Médio Oriente?


Nas últimas semanas muito se tem falado das revoltas populares em vários países do Norte de África e do Médio Oriente.


O jornal Diário de Noticias de hoje publicou dois artigos de opinião sobre o assunto, um de teor mais político da autoria do senhor António Vitorino, político sobejamente conhecido dos portugueses. E outro da autoria da senhora Maria João Tomás investigadora de estudos Islâmicos, de teor mais social.

O que ambos os artigos têm em comum é a apreensão em relação ao rumo que esses países poderão tomar, tanto a nível político, como social!


António Vitorino:


http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1792637&seccao=Ant%F3nio Vitorino&tag=Opini%E3o - Em Foco

“Falar das transições pós-autoritárias leva mesmo alguns autores a tentar construir uma teoria geral sobre o tema. Por muito interessante que o exercício se afigure do ponto de vista académico, cada caso é um caso. As comparações servem, sobretudo, para identificar um conjunto de problemas comuns que se colocam e para aprender (se possível) com os erros já cometidos por outros."


"A estabilização de um novo quadro institucional democraticamente legitimado, a subordinação dos militares ao poder civil, o pluralismo da comunicação social, a formação de partidos políticos, a organização de processos eleitorais credíveis são questões que se incluem na "agenda comum das transições".”


“O movimento em curso, por isso, tem uma origem diluída, um elevado potencial de contestação e de disrupção da ordem pública, mas não gera por si mesmo lideranças nem organizações alternativas. A contestação põe a nu a fragilidade (ou o extremismo, como na Líbia) dos poderes autoritários instituídos, gera o vazio, mas carece de organizações e protagonistas que se prefigurem como alternativas de poder emergentes. É neste ponto que surgem os receios ocidentais de o vazio poder vir a ser preenchido por forças radicais organizadas ligadas ao fundamentalismo islâmico.”

Maria João Tomás:


http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1792626#_page0

“Não creio que o modelo a ser escolhido seja o da democracia ocidental/liberal, porque tem sido muito criticado e é impopular no mundo muçulmano. É apontado como fonte dos mais diversos problemas como, por exemplo, a crise económica e financeira que vivemos. Acresce-se ainda o facto de não haver nos países árabes uma cultura de liberdade política e de princípios de soberania popular, o que torna difícil a compreensão e a aplicação deste regime.”

“A hipótese da democracia turca é encarada como próxima de um possível modelo a adoptar, porque combina os valores do islão e da democracia. É também muito inspirador para os militares que nos países árabes têm um papel muito interventivo e que na Turquia são vistos como árbitro final do poder, tendo afastado extremismos políticos e religiosos do Governo do país.”

“Nesta caminhada para a democracia posiciona-se também o modelo de governo que o islão define e que é o defendido pelos mais conservadores. Transmitido por Alá aos homens através de Maomé, os seus princípios estão escritos no Alcorão e nos relatos da vida de Maomé, mas torna-se muito difícil perceber toda a dinâmica do seu funcionamento e a forma como deve ser aplicado.”

“há quem defenda que o modelo islâmico é uma teocracia porque a soberania é de Alá e cada muçulmano é apenas o seu representante. O poder é delegado nos homens e aquele que o exerce será chamado a prestar contas das suas acções. A legislação está restrita aos limites impostos pela sharia, ou seja, pelas leis de Alá, e os funcionários judiciários são apenas responsáveis perante Alá. As leis têm de ser obedecidas por todos, sem contestação, e não podem ser feitas alterações.”


“A substituição dos actuais regimes no Médio Oriente por democracias é o princípio de uma nova era e existe ainda um longo caminho a percorrer nesta corajosa caminhada que o Egipto e a Tunísia começaram.”






quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Direitos, direitos e mais direitos! E onde ficam os deveres?


Numa época, numa sociedade em que tanto se fala de direitos. As mulheres reclamam direitos de igualdade, o direito ao aborto. Os homossexuais o direito de se unirem civilmente, de adoptarem crianças. Os defensores dos animais o direito dos animais. E poderíamos continuar a enumerar um incontável número de revindicações de direitos!
Então e onde ficam os deveres? O dever de se ser honesto, justo, solidário, etc!?

O artigo de opinião do Pe Anselmo Borges publicado no jornal Diário de Noticias de Sábado faz uma abordagem interessante sobre o assunto, a Declaração universal dos deveres humanos! Aqui ficam alguns trechos desse artigo:

“O Preâmbulo sublinha que: o reconhecimento da dignidade e dos direitos iguais e inalienáveis de todos implica obrigações e deveres; a insistência exclusiva nos direitos pode acarretar conflitos, divisões e litígios intermináveis, e o desrespeito pelos deveres humanos pode levar à ilegalidade e ao caos; os problemas globais exigem soluções globais, que só podem ser alcançadas mediante ideias, valores e normas respeitados por todas as culturas e sociedades; todos têm o dever de promover uma ordem social melhor, tanto no seu país como globalmente, mas este objectivo não pode ser alcançado apenas com leis, prescrições e convenções.”

“ Princípios fundamentais para a humanidade. Cada um/a e todos têm o dever de tratar todas as pessoas de modo humano, lutar pela dignidade e auto-estima de todos os outros, promover o bem e evitar o mal em todas as ocasiões, assumir os deveres para com cada um/a e todos, para com as famílias e comunidades, raças, nações e religiões, num espírito de solidariedade: não faças aos outros o que não queres que te façam a ti.”

“Não violência e respeito pela vida. Todos têm o dever de respeitar a vida. Todo o cidadão e toda a autoridade pública têm o dever de agir de forma pacífica e não violenta. Todas as pessoas têm o dever de proteger o ar, a água e o solo da terra para bem dos habitantes actuais e das gerações futuras.”

“Justiça e solidariedade. Todos têm o dever de comportar-se com integridade, honestidade e equidade. Dispondo dos meios necessários, todos têm o dever de fazer esforços sérios para vencer a pobreza, a subnutrição, a ignorância e a desigualdade, e prestar apoio aos necessitados, aos desfavorecidos, aos deficientes e às vítimas de discriminação. Todos os bens e riquezas devem ser usados de modo responsável, de acordo com a justiça e para o progresso da raça humana.”

“Verdade e tolerância. Todos têm o dever de falar e agir com verdade. Os códigos profissionais e outros códigos de ética devem reflectir a prioridade de padrões gerais como a verdade e a justiça. A liberdade dos media acarreta o dever especial de uma informação precisa e verdadeira. Os representantes das religiões têm o dever especial de evitar manifestações de preconceito e actos de discriminação contra as pessoas de outras crenças.”

“Respeito mútuo e companheirismo. Todos os homens e todas mulheres têm o dever de demonstrar respeito uns para com os outros e compreensão no seu relacionamento. Em todas as suas variedades culturais e religiosas, o casamento requer amor, lealdade e perdão e deve procurar garantir segurança e apoio mútuo. O planeamento familiar é um dever de todos os casais. O relacionamento entre os pais e os filhos deve reflectir o amor mútuo, o respeito, a consideração e o cuidado.”

Ler mais:

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1782366&seccao=Anselmo Borges&tag=Opini%E3o - Em Foco&page=2

http://debitandodeveres.blogspot.com/2010/03/declaracao-universal-dos-deveres-do.html

http://aeiou.visao.pt/declaracao-universal-dos-deveres-do-homem=f541475



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Bibi Aisha uma entre muitas vítimas



A foto galardoada com o prémio do World Press Photo é a foto de uma jovem de 19 anos vítima de violências constantes às mãos do marido e da família deste. Seu nome é Bibi Aisha.
Fugiu de casa e foi apanhada, como castigo cortaram-lhe o nariz e as orelhas. Voltou a fugir e denunciou os maus tratos a que era sujeita.
Nesta sua segunda fuga, a jovem afegã foi amparada por uma organização de apoio a mulheres vítimas de violências e irá ser enviada para os Estados Unidos, onde será operada.

Quantas mulheres estarão no mundo em situação semelhante á de Aisha?


Ler mais:

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=A-historia-da-mulher-a-quem-cortaram-o-nariz.rtp&article=365600&visual=3&layout=10&tm=7

http://publico.pt/Cultura/fotografia-de-afega-mutilada-vence-world-press-photo_1479759

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Leis de ambíguos benefícios e manifestos prejuízos


Nos últimos anos os nossos políticos têm se preocupado em legislar sobre os chamados temas fracturantes. Mas, pelo que está patente no artigo de opinião da D. Maria José Nogueira Pinto publicado hoje no jornal Diário de Noticias, não o têm feito da melhor maneira! Bem pelo contrário!
Senão vejamos:

“foi notícia que os juízes ignoravam a nova lei do divórcio, dois anos após a sua entrada em vigor, e continuavam a aplicar o conceito de "culpa". As mudanças essenciais da lei parecem não ter tido consequências, e os riscos para os quais magistrados e advogados alertaram revelaram-se pertinentes, assim como os argumentos do Presidente da República aquando do veto.”

“Já a lei que veio permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo só foi aprovada porque incorporou expressamente uma humilhante capitis diminutio: os gays podem casar-se mas não lhes é reconhecida qualquer capacidade parental. Um problema a resolver a posteriori? Uma suposta capitulação táctica? Não, apenas uma humilhação infligida pelos defensores da lei, pelos paladinos dessa igualdade inventada à pressa e pelo preço mais barato. Quantos gays e lésbicas se casaram entretanto? Pouquíssimos. Mas, como se sabe, o objectivo não era esse.”

“A Lei da Procriação Medicamente Assistida também sofreu do mesmo processo que escamoteia o essencial e remete para momento posterior omissões e contradições. Todos sabem que no actual estado da arte os embriões excedentários são uma consequência inultrapassável, mas o legislador preferiu nada dizer sobre a sua destruição. Este era e é o busílis da lei, e à falta de melhor solução varreu-se para debaixo do tapete. Vem agora o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, mais de quatro anos depois, propor uma espécie de eliminação administrativa dos embriões excedentários - vida humana para todos os efeitos - sem sequer cuidar de um mínimo de formalidade que a natureza da questão requer, limites precisos como recomenda a dignidade da matéria, mecanismos de certeza e segurança jurídica que previnam más práticas e abusos. Entretanto, os jornais dão conta da venda de óvulos (a lei só permite a doação), e, mesmo perante a evidência da entrevista dada pela vendedora, a inspecção vem dizer que não detectou qualquer irregularidade.”

“Eram já conhecidos indicadores preocupantes no que se refere ao aborto após a aprovação da lei, mas ficámos agora a saber que os resultados vão no sentido oposto do que foi propagado pelos que promoveram a liberalização e viabilizaram a lei: 50% das mulheres que fazem aborto faltam à consulta de planeamento familiar obrigatória 15 dias depois; há mulheres que fazem, no Serviço Nacional de Saúde, dois a três abortos por ano; o número de abortos aumentou de 12 mil para 18 mil, em 2008, e para 19 mil em 2009, mantendo-se a tendência em 2010.”


Ler mais:

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1780235&seccao=Maria Jos%E9 Nogueira Pinto&tag=Opini%E3o - Em Foco



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Que sociedade temos nós?



Hoje ao assistir ao telejornal da hora de almoço, vi uma notícia que me deixou escandalizado, espantado, estupefacto!
Pensava eu que este tipo de coisas só acontecia em países do terceiro mundo. Países onde falta tudo, sensibilidade, recursos humanos, leis, e até o reconhecimento dos direitos humanos! Mas, não, não era um pesadelo! Era verdade!

A PSP encontrou ontem no chão da cozinha de um apartamento na Rinchoa, em Rio de Mouro, o corpo de uma mulher idosa que deve ter falecido há já nove anos, sem que o seu desaparecimento tenha sido detectado.

Após esta notícia se ter tornado publica houve já algumas reacções:
O sociólogo Manuel Villaverde Cabral coordenador do Instituto do Envelhecimento da Universidade de Lisboa declarou que:

"É pena que tenha de haver casos trágicos como este para que a opinião pública tome consciência, através da comunicação social, do problema cada vez mais frequente do isolamento em que vive uma grande parte dos idosos"
"é extraordinário que nem as autoridades policiais, nem tão pouco os serviços de saúde e da segurança social, se tenham interessado pelo desaparecimento", "mesmo quando foram alertadas pela vizinhança".”

O Padre Vítor Melícias defende novas formas de convivência social para evitar casos como o desta idosa descoberta em casa nove anos depois de ter morrido:

“O isolamento e a solidão de idosos residentes em grandes meios urbanos têm de ser combatidos através de novas formas "urgentes" de convivência e inovação social, defendeu hoje o padre Vítor Melícias.”

“"Ao mesmo tempo, é um desafio para novas formas de organização da convivência social, como a solidariedade de vizinhança", defendeu.” “ Vítor Melícias classifica os casos "crescentes" de isolamento e solidão dos idosos como "um dos dramas grandes" da sociedade actual. "O urbanismo desmesurado potencia estes casos, impossíveis de acontecer em aldeias antigas, onde as pessoas se conhecem e têm relações de proximidade", afirmou.”


Ler mais:

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1779670&seccao=Sul


http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1780024&seccao=Sul


http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1779988