É por demais evidente que a Economia Social e Solidária possui experiências, valores e conhecimento para se afirmar como uma alter¬nativa a uma economia que, apesar de um esforço de “socialização”, não altera os seus modelos e insiste no antagonismo Trabalho-Capital. O sentimento de precarização que afecta cada vez mais pessoas (de todas as idades), é uma dura realidade que merece uma resposta cria¬tiva, renovadora e solidária.
É uma alternativa a arquitectar frente à globalização da Economia Neoliberal.
Apresento um quadro que considero representativo das diferenças entre a Economia Neoliberal e a Economia Solidária, produzido pela DESMI, AC, organização de Economia Solidária com sede em Chiapas, México:
Economia Neoliberal
Função do trabalho:
Produtividade
Organização do trabalho:
Hierárquica: Os proprietários são os patrões
Decisões centralizadas
Tecnologia:
Substituição do trabalho humano
Terra:
Fins comerciais
Propriedade individual
Empresa
Produção:
Para o mercado
Em escala
Preços dos produtos:
Relação oferta e demanda
Mercado:
Controlado por transnacionais e os Bancos mundiais
Dinheiro:
Poder
Relações Humanas:
Dominação
Espaço:
Concorrência
Economia Solidária
Função do trabalho:
Satisfazer as necessidades e a realização pessoal
Organização do trabalho:
Democrática
Decisões com base na participação colectiva e tomadas em Assembleia
Tecnologia:
Instrumento para o trabalho
Terra:
Sustento
Propriedade colectiva ou
Individual para uso colectivo
Produção:
Auto consumo, intercâmbio e mercado
Preços dos produtos:
De acordo com o trabalho
Mercado:
Controlado por produtores e consumidores segundo necessidades reais
Dinheiro:
Meio de intercâmbio
Relações Humanas:
Cooperação
Espaço:
Proximidade
Economia solidária será uma utopia? Não, não é uma utopia! É isso sim, uma opção justa,e lógica num mundo onde é urgente uma busca de novas formas económicas alternativas!
Ler mais:
http://www.modevida.com/redes.html
http://www.animar-dl.pt/vezvoz/ver_artigo.php?id=120
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=71942
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