quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A polémica do casamento gay


Nos últimos meses tem havido muita polémica por causa do nosso governo querer legalizar o casamento gay. Eu neste blog já escrevi alguns artigos sobre o assunto, mas, parece não ter sido bem entendido!
Por tal motivo, gostaria de esclarecer definitivamente a minha opinião, o que penso sobre o assunto!
Assim terei de me repetir e acrescentar mais alguma coisa.

A homossexualidade não é nenhuma doença, embora existam algumas circunstâncias que a potenciem, tais como o ambiente em que se cresce (educação, traumas de infância, etc).
Existem também patologias a ela associada tais como, questões hormonais, psíquicas e genéticas.

Todas estas situações existentes são excepções á regra, casos pontuais e pouco comuns. Por tudo isto é que afirmo que a homossexualidade é anti-natura!

Àqueles que contestam esta opinião com o velho argumento de que “a homossexualidade existe entre os animais e que por é natural” respondo da seguinte maneira, esse argumento é dos argumentos mais desumanos e rebaixastes que conheço!
Se assim fosse a mãe Natureza ternos ia criado hermafroditas e nunca homem e mulher!
Comparar o ser humano que tem consciência da sua existência, que tem a noção do bem e do mal, que tem valores morais, é inteligente e racional; com seres que agem por instinto, por necessidades naturais, tais como comer, dormir, defender-se, etc, é rebaixar o ser humano ao nível dos animais irracionais!
Não acho correcto equiparar o ser humano a um cão ou a qualquer outro animal, que por muito esperto que seja não passa de um animal irracional!

Do meu ponto de vista entre aqueles que se assumem com homossexuais existem dois géneros, os que o são realmente pelas razões atrás referidas - ambiente em que se cresce e patologias a ela associada - que não o escolheram ser, e aqueles que optam livremente por o ser.

Os verdadeiros não têm grande opção ou hipótese de alterar a sua orientação sexual, sendo por norma pessoas discretas, e em alguns casos até têm dificuldade em lidar com a sua orientação sexual!

Aqueles que optaram livremente por ser homossexuais, são pessoas perfeitamente normais, mas, que por razões de mera obtenção de satisfação sexual optam pela homossexualidade. São pessoas que olham para a sua sexualidade como um mero instrumento de prazer, pensando erradamente que a plena felicidade está no sexo!

Chamar casamento a este tipo de união é banalizar a homossexualidade, é tornar normal e aceitável uma orientação sexual que de natural pouco ou nada tem!


Portanto tal como já referi em outras ocasiões, considero que a união entre pessoas do mesmo sexo deve ser legislada, que essas pessoas têm os mesmos direitos e deveres que as pessoas heterossexuais! Mas, parece-me excessivo querer chamar casamento a uma união que de casamento pouco ou nada tem!
O casamento tal como está descrito no dicionário, e como é reconhecido em grande parte das culturas a nível mundial, é a união entre pessoas de sexo oposto!

Por tudo isto, e por ter conhecimento de que na maioria dos países da Europa onde este tipo de uniões já foi legislada não constar a denominação de casamento, discordo deste Projecto Lei!
França, Hungria, Alemanha, Dinamarca e Reino Unido preferiram dar outra denominação á união entre pessoas do mesmo sexo que não Casamento! São cinco, em contraste com Espanha, Bélgica e Holanda, que são três, onde é permitida a denominação casamento há união entre pessoas do mesmo sexo!! Não será mais correcto seguir o exemplo da maioria dos países Europeus que já legislaram sobre este assunto?


Acrescento ainda pequenos trechos de um artigo de opinião do Doutor António Arnaut, publicado hoje no Diário de Noticias, que me parece bastante conciliador e que poderá ser a solução para toda esta polémica!

“A sociedade portuguesa está profundamente dividida sobre o casamento homossexual. Não é tanto uma questão entre esquerda e direita e entre religiosos e laicos, pois há adeptos e adversários nas diferentes sensibilidades politico-religiosas. É uma questão cultural e civilizacional que, por isso mesmo, tem de ser resolvida com realismo e ponderação.”

“São respeitáveis e pertinentes os argumentos esgrimidos pelos dois campos em confronto, e que não trago à colação por desnecessário. A minha preocupação é apenas tentar um desfecho ético-jurídico satisfatório e evitar uma perigosa fractura social.”

“Dito isto, tendo em conta os dados do problema e a necessidade de conciliar as posições em confronto, podemos formular a seguinte equação:
- É justo e eticamente compreensível que os homossexuais possam contrair casamento e gozar dos mesmos direitos legalmente atribuídos aos cônjuges, em especial, hereditários.
- É justo e eticamente compreensível, por razões histórico-culturais, que essa união conjugal não se chame casamento, porque não conjuga os dois géneros humanos nem conduz à procriação.
Trata-se agora de harmonizar as duas posições antagónicas, acolhendo o essencial das razões recíprocas, ou seja: reconhecer os direitos há muito reivindicados pelos homossexuais com vista à plena igualdade com o matrimónio heterossexual, sem ferir a sensibilidade dos que, embora aceitando outro tipo de contrato, não o querem confundir com o casamento.”




Ler mais: http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1462870




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