sábado, 16 de janeiro de 2010

«À Escuta da Palavra»




Durante três dias mais de 300 sacerdotes e cerca de 30 leigos estiveram reunidos em Braga no Congresso Internacional «À Escuta da Palavra».
Aonde foi apresentada uma sondagem de opinião da responsabilidade da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica de Braga. Nela ficou patente a alta relevância social que a figura do sacerdote continua a ter!

“90 % dos inquiridos considera que “o estilo e a maneira de ser do padre influenciam a prática religiosa dos leigos, que valorizam, na figura do presbítero, características de acção e de relação humana com o próximo”.”

Solidariedade, a actualização, a disponibilidade, a generosidade e a humildade, são as características mais apreciadas pela sociedade Católica!

Ler:
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=77200


A visão que a sociedade tem do padre nos dias de hoje foi analisada por três personalidades do campo social português. Contou com a análise de uma jornalista, Fátima Campos Ferreira, uma economista, Isabel Jonet e um professor universitário Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a realidade mediática e a posição que a Igreja e o sacerdote assumem na sociedade.

“Fátima Campos Ferreira considera que o mundo enfrenta o desafio da missionação. “Precisamos de uma nova missionação. Isto implica que o sacerdócio seja o ponto central da sociedade”. Esta exigência requer uma melhor preparação do sacerdote. A preparação para a vivência do sacerdote, tem de ser profunda, exigente, dotar de capacidades. Com competências éticas, práticas e humanas. Só assim pode contagiar. Tem de estar num patamar superior à média da sociedade”.
Considerou ainda que em matéria de solidariedade a Igreja “é decisiva. E neste campo a Igreja tem feito um bom caminho”

“Marcelo Rebelo de Sousa assiste à intolerância no espaço público. “Se uma pessoa falar como crente, tem de ser em privado. Se for como cidadão fala no espaço público. Em democracia isto não é tolerado, o que é uma contradição, porque é impossível não testemunhar a fé no quadro comunitário”.
Recordando a sua formação de “católico progressista” fortemente marcado pelo II Concilio do Vaticano, “reti na minha formação o papel dos leigos, coisa que nem sempre tem sido assumida pelos próprios”, lamentou.
Finalizando, o professor universitário afirmou que a Igreja tem de deixar claro que está ao serviço dos mais pobres. “Se esta mensagem passar, a sociedade passa a ver com outros olhos o padre e a Igreja”.”

“Isabel Jonet, Presidente da Federação dos Bancos Alimentares, afirmou que um padre “tem de dar testemunho em todas as realidades, não apenas na espiritual”.Ser padre não é uma função, mas uma vocação, referiu. “Servir a comunidade despojadamente na pessoa de Cristo é uma missão que se tem perdido”, na urgência de desempenhar outras funções. “Não que não saibam ser gestores, mas não têm de ser. Se o forem não podem ser padres”.
Considera que os sacerdotes devem ter tempo para “saber escutar, aconselhando com serenidade. Se ficam absorvidos pelas tarefas burocráticas deixam de ter tempo para ver e ouvir atentamente as reais necessidades das suas realidades paroquiais.
Afirmou ser fundamental mobilizar a militância cristã. “Sem militância não pode haver transformação. Os padres podem mobilizar a militância juvenil mas para isso não podem ficar sentados”.
Finalizando, Isabel Jonet pediu aos padres para terem tempos. “Dêem tempo a si e às suas comunidades, para ver e ouvir”.”

Ler: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=77224

Conclusão:
“As novas realidades sociais exigem novas formas de ser padre. A rápida mudança na sociedade e na Igreja exige “claramente novos modos de organização da vida eclesial e novos estilos diversificados de exercício do ministério presbiteral”.”

“Os caminhos a percorrer e as decisões a tomar”, para fazer face a estas mudanças, “hão-de ser procurados, em comunidade, na escuta atenta da Palavra”.”

“O padre “tem de ser um homem de Deus, um mistagogo que conhece o mistério de Deus, o vive em comunhão, o celebra e o comunica com entusiasmo e alegria”.As mudanças rápidas exigem que o sacerdote tenha “uma formação superior à média” e possa “responder com propriedade aos desafios completamente novos dos nossos dias”.
A disponibilidade para “ouvir e atender, acompanhar e aconselhar” é uma exigência que os leigos fazem aos sacerdotes.
O padre deve “dedicar tempo à formação dos leigos, não só para que a sua fé seja cada vez mais esclarecida e luminosa, mas para que desempenhem, com verdadeiro espírito missionário, as múltiplas tarefas que lhes são próprias: na família, na sociedade e na Igreja”.
Comunicar é serviço; não é protagonismo”, “sobretudo na eucaristia”, os sacerdotes devem procurar ser “curtos, concisos e cobrir os pontos essenciais”.

Ler: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=77241

Conclusões do Congresso Internacional sobre o presbítero «À escuta da Palavra»:

http://www.congressosacerdotal.com/

http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=77242

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