O último artigo de opinião do Pe Anselmo Borges publicado no jornal Diário de Noticias fala-nos de “A humanidade sob ameaça”. Indica-nos quais são as “quatro revoluções em marcha”, os perigos dessas mesmas revoluções e possíveis soluções para esses mesmos perigos:
“ Uma revolução económica, com a mundialização, que significa a concretização da ideia de McLuhan de que formamos uma "pequena aldeia" e a chegada ao palco da História de grandes países emergentes.”
“Outra é a revolução cibernética, que, como disse Jean-Claude Guillebaud, faz nascer um quase-planeta, um "sexto continente".”
“A revolução genética transforma a nossa relação com a vida, a procriação e pode fazer bifurcar a Humanidade: a actual continuaria ao lado de outra a criar.”
“Também está aí a urgência da revolução ecológica, que, se a Humanidade quiser ter futuro, obriga a uma nova relação com a natureza. Sem esquecer o perigo atómico e do terrorismo global.”
“Perante todas estas revoluções e face aos problemas que agora são globais, como a droga ou o trabalho, impõe-se, em primeiro lugar, pensar numa governança mundial. Depois, não sei de que modo o futuro será, como diz J.-Cl. Guillebaud, uma "modernidade mestiça", mas, para evitar o "choque das civilizações", impõe-se o diálogo intercultural e inter-religioso.”
“Há anos que o famoso teólogo Hans Küng se não cansa de repetir que, sem paz entre as religiões, não haverá paz entre as nações, e essa paz supõe o conhecimento e o diálogo entre as religiões.”
“Coube também a Hans Küng o desafio para preparar o projecto do que em 1993 se tornou a "Declaração para uma ética mundial", aprovada pelo Parlamento das Religiões Mundiais, em Chicago. A Declaração é um documento humanista, que proclama programaticamente: "Frente a toda a inumanidade, as nossas convicções religiosas e éticas exigem que cada ser humano deve ser tratado humanamente. Isto significa que cada ser humano - sem distinção de idade, sexo, raça, cor da pele, capacidades físicas ou espirituais, língua ou religião, consideração política, origem nacional ou social - possui uma dignidade inalienável e inviolável. Todos - tanto o indivíduo como o Estado - têm de respeitar esta dignidade e garantir a sua defesa efectiva". Os direitos e os deveres humanos é aqui que assentam.”
“Mas onde se fundamentam a dignidade e os direitos humanos? Questão gigantesca, que tem a ver com a problemática do pré-jurídico e do pré-político, debatida há anos, num diálogo célebre entre o então cardeal J. Ratzinger e o filósofo J. Habermas, e a que se referiu também, pouco antes de morrer, L. Kolakovski: "Sem tradições religiosas, que razão haveria para respeitar os direitos humanos? Vendo as coisas cientificamente, o que é a dignidade humana? Superstição? Do ponto de vista empírico, os homens são desiguais. Como justificar a igualdade? Os direitos humanos são uma ideia a-científica."”
“A conclusão é que o próprio Homem se tornou objecto de cálculo, coisa negociável. Assim, já não pode haver dúvidas: no meio das gigantescas crises mundiais, o núcleo mesmo da crise no nosso tempo é a crise de valores, a crise moral.”
Quer queiram, quer não, os valore morais, cívicos ou sociais, estão associados á religião, á fé!
A actual crise de valores, crise moral, de que o Pe Anselmo Borges fala neste artigo, deve-se ao afastamento da religião de boa parte da humanidade, em contraponto com o extremar de posições e doutrinas de uma minoria!
A religião hoje em dia é vista por muitas pessoas como uma prisão social, algo ultrapassado e que impede crescimento individual, algum desenvolvimento social e tecnológico!
Estarão essas pessoas certas? Penso que não! A Igreja, a religião nos dias de hoje não impõe nada a ninguém! Aconselha, mostra um caminho; define, mostra o projecto que Deus tem para cada um de nós!
Todos nós fazemos parte do projecto Deus!!
Ler mais:
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1482689&seccao=Anselmo Borges&tag=Opini%E3o - Em Foco
“ Uma revolução económica, com a mundialização, que significa a concretização da ideia de McLuhan de que formamos uma "pequena aldeia" e a chegada ao palco da História de grandes países emergentes.”
“Outra é a revolução cibernética, que, como disse Jean-Claude Guillebaud, faz nascer um quase-planeta, um "sexto continente".”
“A revolução genética transforma a nossa relação com a vida, a procriação e pode fazer bifurcar a Humanidade: a actual continuaria ao lado de outra a criar.”
“Também está aí a urgência da revolução ecológica, que, se a Humanidade quiser ter futuro, obriga a uma nova relação com a natureza. Sem esquecer o perigo atómico e do terrorismo global.”
“Perante todas estas revoluções e face aos problemas que agora são globais, como a droga ou o trabalho, impõe-se, em primeiro lugar, pensar numa governança mundial. Depois, não sei de que modo o futuro será, como diz J.-Cl. Guillebaud, uma "modernidade mestiça", mas, para evitar o "choque das civilizações", impõe-se o diálogo intercultural e inter-religioso.”
“Há anos que o famoso teólogo Hans Küng se não cansa de repetir que, sem paz entre as religiões, não haverá paz entre as nações, e essa paz supõe o conhecimento e o diálogo entre as religiões.”
“Coube também a Hans Küng o desafio para preparar o projecto do que em 1993 se tornou a "Declaração para uma ética mundial", aprovada pelo Parlamento das Religiões Mundiais, em Chicago. A Declaração é um documento humanista, que proclama programaticamente: "Frente a toda a inumanidade, as nossas convicções religiosas e éticas exigem que cada ser humano deve ser tratado humanamente. Isto significa que cada ser humano - sem distinção de idade, sexo, raça, cor da pele, capacidades físicas ou espirituais, língua ou religião, consideração política, origem nacional ou social - possui uma dignidade inalienável e inviolável. Todos - tanto o indivíduo como o Estado - têm de respeitar esta dignidade e garantir a sua defesa efectiva". Os direitos e os deveres humanos é aqui que assentam.”
“Mas onde se fundamentam a dignidade e os direitos humanos? Questão gigantesca, que tem a ver com a problemática do pré-jurídico e do pré-político, debatida há anos, num diálogo célebre entre o então cardeal J. Ratzinger e o filósofo J. Habermas, e a que se referiu também, pouco antes de morrer, L. Kolakovski: "Sem tradições religiosas, que razão haveria para respeitar os direitos humanos? Vendo as coisas cientificamente, o que é a dignidade humana? Superstição? Do ponto de vista empírico, os homens são desiguais. Como justificar a igualdade? Os direitos humanos são uma ideia a-científica."”
“A conclusão é que o próprio Homem se tornou objecto de cálculo, coisa negociável. Assim, já não pode haver dúvidas: no meio das gigantescas crises mundiais, o núcleo mesmo da crise no nosso tempo é a crise de valores, a crise moral.”
Quer queiram, quer não, os valore morais, cívicos ou sociais, estão associados á religião, á fé!
A actual crise de valores, crise moral, de que o Pe Anselmo Borges fala neste artigo, deve-se ao afastamento da religião de boa parte da humanidade, em contraponto com o extremar de posições e doutrinas de uma minoria!
A religião hoje em dia é vista por muitas pessoas como uma prisão social, algo ultrapassado e que impede crescimento individual, algum desenvolvimento social e tecnológico!
Estarão essas pessoas certas? Penso que não! A Igreja, a religião nos dias de hoje não impõe nada a ninguém! Aconselha, mostra um caminho; define, mostra o projecto que Deus tem para cada um de nós!
Todos nós fazemos parte do projecto Deus!!
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