segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Celibato? Porquê?


Na semana passada houve um sacerdote que abandonou a sua vocação sacerdotal por amor! Amor a uma mulher!
Como qualquer homem, o facto de ser sacerdote não o impede, ou não o devia impedir de amar, de se apaixonar por uma mulher, de ter o desejo de constituir Família, de ser feliz!

Sim, é verdade, na sua ordenação os padres fazem votos de celibato. Mas, fará isso sentido?

Á pouco mais de um mês o Vaticano publicou uma Constituição Apostólica em que aceita acolher os Padres Anglicanos Casados. Se a Igreja abre as portas aos Padres Anglicanos Tradicionalistas casados, mais depressa as deveria abrir aos Padres Católicos casados, homens de fé e princípios Católicos, que só renunciaram á sua Vocação por serem pessoas de bons princípios e sérias!

Como é do conhecimento geral, existe falta de Padres! E existem em Portugal 400 Padres Católicos Casados! Fará sentido desperdiçar tantas vocações, quando o Vaticano acolhe os Padres Anglicanos Casados?

A Associação Fraternitas esteve este fim-de-semana em Fátima num retiro organizado pelo P. Dr. Manuel Morujão, Secretário da C.E.P., é uma associação privada de fiéis constituída por padres dispensados do exercício do ministério, casados ou não, e suas esposas ou viúvas.
Nesse retiro foram de certeza abordadas estas e outras questões!
Senão vejamos algumas reacções:

“Para José Serafim de Sousa, que defende que "o celibato foi imposto pela hierarquia e que não tem ponta por onde se lhe pegue", a Igreja Católica está a entrar em contradição consigo própria. "Não percebo por que é que o Santo Padre recebe os padres anglicanos, que são casados, e não aceita que os padres católicos se casem", diz, considerando que a "aceitação dos padres anglicanos poderá alargar a discussão ao casamento dos padres católicos". Mas, admite: "A Igreja é muito lenta na mudança."”

Um padre não é diferente de qualquer outro homem. E, se assim é, porque não se podem casar e continuar a exercer o sacerdócio? No seio da Associação Fraternitas Movimento, a opinião é praticamente unânime.”

“Segundo Urtélia Silva, casada há 16 anos com um padre dispensado do exercício e membro da Fraternitas, "a maioria das mulheres da associação, senão todas, entendem que os padres deveriam poder casar". Aliás, Urtélia vai mais longe e diz mesmo que "as próprias mulheres deviam poder celebrar a Eucaristia porque a vocação não é algo exclusivo do homem ou da mulher".”

“Também Maria Zélia Afonso está casada, há 32 anos, com um padre. "Conhecemo-nos porque éramos ambos professores na mesma escola", conta, referindo que têm "pressupostos muito parecidos, bem como valores semelhantes". A aproximação só ocorreu numa altura em que o marido já estava a abandonar a Igreja, "até porque tinha alguns problemas de saúde".”

Ler mais:

http://www.fraternitas.pt/

http://www.paroquias.org/noticias.php?n=499

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1433620

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/Interior.aspx?content_id=1433615


domingo, 29 de novembro de 2009

Advento





A menos de um mês do Natal, já cheira a Natal! Mas, cheira a que Natal? O Natal do consumismo, das prendas e do comércio, não o verdadeiro Natal! Aquele que implica preparação, revisão de vida, aquele que vem na sequencia do Advento.
Advento tempo reflexão, mas, esquecido por muitos dos que celebram o Natal. Porquê? Porque o Natal é hoje em dia um mero motivo de festa, oportunidade para juntar a família, ocasião para troca de prendas. Tudo bons motivos! Mas, e o principal motivo? Esse está esquecido, relegado para segundo lugar! Natal é celebrar o nascimento de Jesus, o filho de Deus! É celebrar o nascimento do Salvador!
Este Natal necessita de preparação espiritual, precisa de tempo de recolhimento, de paragem!
Necessita de um Advento!

Então o que é o Advento?

“Advento, em latim “Adventus”, significa “vinda”.”

“Não é fácil precisar a história e o primitivo significado do Advento; além disso, as informações sobre suas verdadeiras origens são poucas. Advento é a preparação para o Natal. O testemunho mais antigo encontra-se em uma passagem de Santo Hilário (por volta de 366), que diz: "Sancta Mater Ecclesia Salvatoris adventus annuo recursu per trium septimanarum sacretum spatium sivi indicavit" (CSEL 65, 16). “A santa mãe Igreja oferece um espaço sagrado de três semanas por ano para a vinda do Salvador.”

“No Rito Romano, começa no Século VI, no sentido de espera jubilosa do Natal, e a sua pré-história remonta às Gálias e à Espanha dos fins do Século IV, como preparação ascética para o Natal e a Epifania.”

“No Século V o começo do Advento era na festa da Anunciação (18 de Dezembro - hoje, a Anunciação é comemorada em a de Março). Apenas no Século X o seu início passou a ser no Domingo, quatro semanas antes do Natal.”
“Toda a liturgia do Advento é apelo para se viver alguns comportamentos essenciais do cristão: a expectativa vigilante e alegre, a esperança, a conversão, a pobreza.”

“A expectativa vigilante e alegre caracteriza sempre o cristão e a Igreja, porque o Deus da revelação é o Deus da promessa, que manifestou em Cristo toda a sua fidelidade ao homem: "Todas as promessas de Deus encontram nele seu sim" (2 Cor 1, 20). O Advento é tempo de expectativa alegre, porque aquilo que se espera certamente acontecerá. Deus é fiel. A vinda do Salvador cria um clima de alegria que a liturgia do Advento não só relembra, mas quer que seja vivido.”


“No Advento, toda a Igreja vive a sua grande esperança. O Deus da revelação tem um nome: "Deus da esperança" (Rm15,13). Não é o único nome do Deus vivo, mas é um nome que o identifica como "Deus conosco". O Advento é o tempo da grande educação à esperança: uma esperança forte e paciente; uma esperança que aceita a hora da provação, da perseguição e da lentidão no desenvolvimento do Reino; uma esperança que confia no Senhor e liberta das impaciências subjetivistas e do frenesi do futuro programado pelo homem. Na convocação ao testemunho da esperança, a Igreja, no Advento, é confortada pela figura de Maria, a mãe de Jesus. Ela que "no céu, glorificada em corpo e alma, é a imagem e a primícia da Igreja... brilha também na terra como sinal de segura esperança e de consolação para o povo de Deus caminho, até que chegue o dia do Senhor" (2 Pd 3, 10).”


“Advento, tempo de Conversão. Não existe possibilidade de esperança e de alegria sem retornar ao Senhor de todo coração, na expectativa da sua volta. A vigilância requer luta contra o torpor e a negligência; requer prontidão e, portanto, desapego dos prazeres e bens terrenos. O cristão, convertido a Deus, é filho da luz e, por isso, permanecerá acordado e resistirá às trevas, símbolo do mal, pois do contrário corre o risco de ser surpreendido pela parusia. Esse comportamento de vigilante espera, na alegria e na esperança, exige sobriedade, isto é, renúncia aos excessos e a tudo aquilo que possa desviar-nos da espera do Senhor.”

Ler mais:


http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?tpl=&id=76390

http://sdpjleiria.blogspot.com/2009/11/comunidade-cristo-de-betanea-desafio-de.html

http://www.capuchinhos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1253:dezembro-2009-e-janeiro-2010&catid=128:escola-da-palavra&Itemid=69

http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=76372

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Que futuro terá a cultura histórica, social e religiosa da humanidade?




Excepto no caso do Budismo, todos os líderes das principais religiões em Portugal contesta a união civil entre pessoas do mesmo sexo, o casamento gay:

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1427901

Moisés Espírito Santo, sociólogo das religiões, em entrevista ao jornal Diário de Noticias, (http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1427903) fez os seguintes comentários acerca da posição tomada publicamente pelos líderes das principais religiões em Portugal sobre o casamento gay:

“Não me surpreende nada, porque as religiões baseiam-se em textos antigos e culturas antigas, que viam o casamento como um meio para procriação. As religiões não acompanharam as evoluções sociais e continuam baseadas em culturas e textos arcaicos.”

Não há muito tempo, mais propriamente no dia 21 Novembro 2009, Anselmo Borges no seu artigo de opinião publicado no jornal Diário de Noticias, intitulado “A sobrevivência da civilização” escreve o seguinte:

A mais perigosa ilusão da nossa civilização consiste em o Homem pretender libertar-se totalmente da tradição e de todo o sentido preexistente, para abrir a perspectiva de uma auto criação divina. Esta "confiança utópica" e esta "quimera moderna" de inventar-se a si mesmo numa perfeição ilimitada "poderiam ser o mais impressionante instrumento do suicídio criado pela cultura humana". É que, "quando a cultura perde o sentido do sagrado, perde todo o sentido".”

“Não se fundamentam os valores éticos na razão? "Evidentemente, os indivíduos podem manter altos padrões morais e ser a-religiosos. Mas duvido de que também as civilizações o possam fazer. Sem tradições religiosas, que razão haveria para respeitar os direitos humanos? Vendo as coisas cientificamente, o que é a dignidade humana? Superstição? Do ponto de vista empírico, os homens são desiguais. Como justificar a igualdade? Os direitos humanos são uma ideia a-científica."

“As normas morais não podem assentar apenas no medo, segundo o modelo de Hobbes. Até certo ponto, "estamos programados instintivamente para a conservação da espécie". Mas não se pode esquecer que "a história do século passado mostrou inequivocamente que podemos, sem grandes inibições, aniquilar membros da nossa própria espécie. Por isso, precisamos de instrumentos de solidariedade humana, que não assentam nos nossos instintos, interesses próprios ou violência". "A falta da dimensão da Transcendência enfraquece o acordo social."


Afinal quem tem razão?


A mim não me restam dúvidas!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Vinte anos! Que direitos?




Faz hoje vinte anos que Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a Convenção sobre os Direitos da Criança. Será que passados vinte anos as crianças já estão suficientemente protegidas? NÃO!!
Basta olhar para as notícias que nos chegam todos os dias pelos meios de comunicação social!
A quantidade de crianças que vêm os seus direitos lhes serem negados é ainda dramática e confrangedora! É crianças soldado, é trabalho infantil, é prostituição infantil, é a venda de crianças como quem vende um cão, é viverem mendigando e nas ruas etc.
Há ainda muito para fazer, neste mundo de adultos que se esqueceram que foram crianças!
Basta querer, e veremos algo que poderemos fazer para ajudar a alterar este triste cenário!

Ler mais:

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1425655

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1425787

http://www.publico.clix.pt/Mundo/convencao-dos-direitos-da-crianca-faz-20-anos-e-e-o-tratado-mais-ratificado-da-historia_1410615

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Direito á vida




O Tribunal Constitucional russo anunciou ontem interdição de pronúncia de morte no sistema judicial do país, dando prolongamento prático à moratória à pena capital que expira em Janeiro.
A mais alta instância judicial do país decidiu que a moratória da pena de morte, decretada na Rússia em 1993, continuará em vigor até que o parlamento da Rússia ratifique o protocolo número seis da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, que proíbe esse tipo de pena.
A pena de morte não é aplicada na Rússia desde o final da década de 1990, quando Boris Ieltsin liderava o Kremlin e impôs a moratória sobre as execuções de forma a respeitar o acordo assumido com a assinatura do Protocolo 6 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos – condição sine qua non para a adesão de Moscovo ao Conselho da Europa, em 1996.

O representante do Presidente russo, Dmitri Medvedev, no Tribunal Constitucional, Mikhail Krotov, congratulou-se com a decisão do tribunal, sublinhando que era "esperada".
A Igreja Ortodoxa Russa apoiou a decisão, considerando que "se a sociedade é suficientemente forte para se defender da criminalidade, ela pode ser misericordiosa para com os criminosos e não lhes tirar a vida".

"Nos Estados Unidos emprega-se a pena de morte, mas a criminalidade é muito grande, comparável à nossa. Na Europa há muito que ela foi abolida e a criminalidade é consideravelmente menor", considerou o Comissário para os Direitos Humanos junto do Presidente da Rússia, Vladimir Lukin.

O Presidente da Tchetchénia, Ramzan Kadirov, igualmente se mostrou contra a pena de morte mesmo no combate ao terrorismo.
"O terrorista não teme a morte. Ele está convencido que a morte é o que de melhor lhe pode acontecer. Para ele, um castigo é a prisão perpétua, para que conte os longos dias isolado numa câmara de betão"

Parabéns Rússia! Mais um passo para a humanização do Mundo!!

Ler mais:

http://www.publico.pt/Mundo/justica-russa-interdita-a-pena-de-morte-e-passa-responsabilidades-a-duma_1410490

http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1424836&seccao=Europa

Mulher apedrejada até á morte







Mais uma mulher apedrejada até á morte, por não ser livre, por não poder amar mais ninguém senão o marido de quem já se divorciou, por ser cidadã de um pais islâmico! Um pais onde a mulher ainda é vista como um objecto, algo que só serve para procriar e cuidar da casa!

Até quando estes crimes continuarão a ser cometidos?
Onde ficam os direitos humanos no meio disto tudo?


Ler mais:

http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1424240&seccao=%C1frica

terça-feira, 17 de novembro de 2009

União Civil ou Registada




É com agrado que me apercebo que existem pessoas com princípios morais Cristãos e cívicos na Assembleia da Republica! Digo isto devido ao facto de terem saído notícias nos jornais que nos dão conta das propostas que alguns partidos políticos pretendem fazer em defesa do casamento!



Sustentam que o casamento é uma instituição ancestral e exclusiva das pessoas heterossexuais!
Defendem também que a União Civil ou Registada é o meio que "acaba com vários tipos de discriminações na sociedade portuguesa, e tem ainda vantagem de não desconstruir o conceito de casamento".

Nessa mesma Assembleia da Republica estão igualmente partidos políticos que na minha perspectiva demonstram alguma falta de respeito para com a cultura histórica, social e religiosa da nossa sociedade!
Querer impor o Casamento Gay com argumentos de supostas descriminações e que “A legislação beneficia ainda as posições da Igreja e outros sectores da sociedade" que se arrogam do direito de definir o casamento, como se tivessem o monopólio dessa instituição ancestral". Tais argumentos demonstram uma desadequada leitura da nossa Sociedade!


Sendo nós uma sociedade maioritariamente com valores e cultura Católica, e heterossexual, ser homossexual pode ser realmente discriminatório! Mas, será que o facto de se chamar casamento gay á união de homossexuais retira esse estigma de descriminação? Não, não me parece!


Cria isso sim, um sentimento de indignação e de revolta em muitos dos heterossexuais!


Chamar casamento á união entre pessoas do mesmo sexo é ofensivo e desajustado tanto do ponto de vista cultural, como histórico e religioso! É subvalorizar uma minoria que supostamente se diz descriminada, que merece respeito! Mas, que não pode querer passar para a sociedade a ideia de que ser homossexual é uma orientação sexual normal e natural!


Alias, essa história de que as maiorias terem de integrar as minorias, é um pouco utópica! Porque essa integração só é possível se houver respeito mútuo, cedências de ambas as partes e diálogo serio e responsável! O que as vezes o orgulho gay parece não permitir! Pois querer que a união entre pessoas do mesmo sexo se chame casamento gay a qualquer preço, é exactamente antagónico ao respeito, á paciência e ao diálogo!

A União Civil ou Registada é de longe a denominação mais correcta para a união entre pessoas do mesmo sexo!!!

Ler mais:

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1422671

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1421701

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1421659

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1421709


http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1413190&seccao=Anselmo Borges&tag=Opini%E3o - Em Foco

domingo, 15 de novembro de 2009

A vida e o seu valor




No passado dia 12 de Novembro a Conferencia Episcopal Portuguesa publicou uma nota pastoral intitulada “Cuidar da vida até à morte”, texto que pretende contribuir para uma reflexão ética sobre o morrer; sobre a eutanásia, a distanásia, o suicídio assistido e o testamento vital. Temas que estão na agenda dos nossos políticos.

Esta nota tem como intenção ajudar os Católicos, e não só, a reflectir de modo mais sério e consciente esta questão!

Ao ler esta nota pastoral fica-se com uma ideia mais clara e consciente sobre este tema!

Não coloco aqui tudo o que me chamou á atenção, porque se o fizesse esta notícia seria demasiado extensa e maçadora! Mas, transcrevo alguns trechos. Os que para mim são mais significativos!

“O homem actual quer não só ser protagonista da sua própria história, mas ter nas mãos todos os processos da sua vida. É neste sentido que parece aliciante poder antecipar a morte ou prolongar o processo de morrer, de acordo com o que no momento for tido como mais vantajoso.”

“As novas possibilidades que nos são oferecidas pela medicina também tornam mais complexas as situações com que nos deparamos no âmbito dos cuidados de saúde e do acompanhamento a doentes terminais. A diversidade de opções gera perplexidade a quem tem de decidir.”

“acresce o facto de o próprio processo de morrer se ter transformado: o morrer tornou-se mais longo; na maior parte das vezes morre-se em hospitais ou centros clínicos, nos ambientes anónimos e frios das instituições; o sofrimento associado a longas doenças terminais causa uma insegurança adicional; diversos factores contribuem para que os moribundos vivam uma solidão preocupante; o excesso de tecnologia põe em causa os esforços por humanizar o cuidado dos doentes.”



“A revelação bíblica mostra-nos a existência humana como resultado da bondade divina, isto é, como um dom que suscita em nós gratidão e não nos dispensa da responsabilidade de cuidar dele. Para o crente, a vida não está à inteira disposição de quem quer que seja, não é arbitrariamente disponível, mas tem de ser respeitada como a condição básica de realização pessoal. A vida humana é prévia a qualquer projecto pessoal, por isso ninguém é senhor absoluto da sua própria vida e muito menos senhor da vida dos outros. O valor da vida humana não brota das valorizações que a sociedade atribui ou dos critérios que no momento são socialmente significativos, mas de uma dignidade prévia a qualquer criteriologia.”



“A eutanásia é concretização de um desejo que o homem contemporâneo tem de se apoderar da morte, antecipando-a para a situar no momento que ele próprio determina, resultado de um medo angustiante e desesperado perante o sofrimento. A eutanásia é frequentemente apresentada como um gesto de humanidade ou de compaixão que pretende respeitar a dignidade com que cada ser humano quer viver. Na realidade, porém, e numa linha de princípio, qualquer forma de eutanásia constitui uma renúncia a acompanhar a pessoa doente, traduz a falta de empenho de uma sociedade em procurar meios que permitam viver dignamente todas as fases da existência humana. É, por isso, uma violação, ainda que consentida, da dignidade fundamental que se deve reconhecer a cada ser humano.”

“Distinta desta atitude de agressão à vida humana, é a legítima renúncia a recorrer a todos os meios para manter viva uma pessoa em estado terminal. A obstinação terapêutica, também conhecida por “encarniçamento terapêutico” ou “distanásia”, seria precisamente o recurso a um conjunto de intervenções médicas já desproporcionadas face ao bem global que a pessoa poderá vir a experimentar.”

“Também esta renúncia a “tratamentos que dariam somente um prolongamento precário e penoso da vida” (3) pode ser considerada uma opção de respeito pela vida, já que proteger a vida não significa prolongá-la a todo o custo. O respeito pela vida humana não se reduz a uma protecção incondicional da vida biológica, mas deve incluir também o empenho por garantir todos os elementos que tornam humana essa vida. O direito a uma morte digna pode significar também não esgotar todos os meios médicos, quando tal signifique apenas um prolongamento do morrer.”

“Na procura de critérios éticos é fundamental também a distinção entre matar e acompanhar o morrer. Esta última é a opção concretizada, por exemplo, nos cuidados paliativos. Trata-se de aceitar todos os cuidados e intervenções médicas que tenham por objectivo tornar o sofrimento mais suportável, diminuindo ou eliminando a dor, proporcionando todo o acompanhamento humano possível e criando as necessárias condições para um cuidado global (holístico) à pessoa em causa. O Magistério católico ensina, já há várias décadas, que é moralmente aceitável suprimir a dor por meio de narcóticos, mesmo que isso implique limitar a consciência ou abreviar a vida (4).”

“o chamado “testamento vital”, pelos quais a pessoa pode antecipadamente dispor acerca das opções e dos valores que deseja ver respeitados quando se encontrar em situação de doença grave ou terminal. Não havendo objecções éticas fundamentais a este tipo de procedimentos, convém ter presente que neste campo não há a certeza de que os desejos previamente expressos sejam actuais no momento em que é necessário decidir. Não obstante toda a utilidade que estas determinações possam ter, para tomar decisões que respeitem a pessoa como sujeito, convém ter presente que elas não têm um peso absoluto, nem podem ser pretexto para justificar opções que atentem contra a vida humana. Devem ser consideradas mais um elemento a ter em conta nas tomadas de decisão.”

“As súplicas de quem sofre, muitas vezes desejando terminar com a situação de dor, mais do que um desejo de morrer, são sobretudo o apelo a uma presença marcada pelo amor, a formas concretas de solidariedade e expressões da necessidade de perspectivas de esperança. Para isto, é necessário criar condições que humanizem a fase terminal, para que a pessoa possa ter um morrer humano: disponibilizar os meios que retirem ou reduzam o mais possível a dor, dar ao doente acesso aos meios médicos de que necessita, assegurar um acompanhamento humano personalizado, garantir ao paciente que não será abandonado à solidão em nenhum momento da sua fase final, permitir-lhe a presença das pessoas que lhe são mais queridas, facilitar-lhe a vivência das suas convicções religiosas e a satisfação das suas necessidades espirituais, possibilitar um acompanhamento psicológico, respeitar os seus valores e legítimos desejos, criar condições de confiança.”

“Uma vida humana nunca perde sentido nem dignidade. Também o envelhecer e o morrer se integram no sentido da vida humana e reflectem a dignidade humana da pessoa. “O amor para com o próximo […] torna capaz de reconhecer a dignidade de cada pessoa, mesmo quando a doença veio pesar sobre a sua existência. O sofrimento, a idade avançada, o estado de inconsciência, a iminência da morte não diminuem a dignidade intrínseca da pessoa, criada à imagem de Deus” (6).”


Ler mais:

http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelID=00000093-0000-0000-0000-000000000093&contentID=B05EE3C6-6EB0-40EC-86D5-6EC8C3C8BAE7

http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=76096








sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Crise de afectos


Muito se tem falado de crise e das suas causas. Uns dizem que a culpa é dos governantes, outros que é dos economistas, outros que é dos gestores de empresas. Há até quem diga que a culpa é da cultura consumista que se apoderou da sociedade! Todos têm razão!


Mas tudo isto deve-se, e muito, há maior de todas as crises, a crise de afectos!
Um sentimento, uma atitude, um valor desprezado por grande parte das pessoas!
Essa crise é visível pela maneira fria, interesseira, calculista e ambiciosa com que as pessoas se relacionam com os outros, sejam eles familiares ou simples amigos, ou conhecidos!
Todos os relacionamentos humanos deveriam ter como base sentimentos de afecto reais, desinteressados e até de doação!

Mas, o que se vê e sente, é um negociar afectos, de modo interesseiro, do modo mais conveniente para o próprio. Ou seja: “dou-te um abraço, um beijo, um conselho, atenção se me deres algo em troca, se me fizeres esta ou aquela vontade!”.


Hoje em dia para muitas pessoas o afecto é algo que se negoceia, compra e vende!

Como Cristão, fará isso sentido?

“Tende entre vós os mesmos sentimentos, que estão em Cristo Jesus:
Ele, que é de condição divina,
não considerou como uma usurpação ser igual a Deus;
no entanto, esvaziou-se a si mesmo,
tomando a condição de servo.
Tornando-se semelhante aos homens
e sendo, ao manifestar-se, identificado como homem,
rebaixou-se a si mesmo,
tornando-se obediente até à morte
e morte de cruz.” (Fl 2 5-8)


Ler mais:









quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A Igreja e a União Gay


Deus ao criar o universo, o mundo, criou o ser humano, e criou-o homem e mulher, dois géneros! Dando-lhes também o domínio sobre a Terra!

"O ser humano -Depois, Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.» Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. Abençoando-os, Deus disse-lhes: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se movem na terra.» Deus disse: «Também vos dou todas as ervas com semente que existem à superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus e a todos os seres vivos que existem e se movem sobre a terra, igualmente dou por alimento toda a erva verde que a terra produzir.» E assim aconteceu. Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a muito boa. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia." (Gn 1, 26-31)

Mas o homem não soube perceber nem executar o plano que Deus lhe tinha proposto!
O homem entregou-se á degradação corporal e espiritual!

"Corrupção da humanidade -O SENHOR reconheceu que a maldade dos homens era grande na Terra, que todos os seus pensamentos e desejos tendiam sempre e unicamente para o mal. O SENHOR arrependeu-se de ter criado o homem sobre a Terra, e o seu coração sofreu amargamente. "(Gn 6,5-6)

O exemplo disso é a cidade de Sodoma!

"Ainda não se tinham deitado, quando os homens da cidade, os homens de Sodoma, desde os mais novos até aos mais velhos sem excepção, rodearam a casa, chamaram Lot e disseram-lhe: «Onde estão os homens que entraram na tua casa, esta noite? Trá-los para fora, a fim de os conhecermos.» Lot veio à entrada da casa, e, fechando a porta atrás de si, disse-lhes: «Suplico-vos, meus irmãos, não cometais semelhante maldade. Eu tenho duas filhas ainda virgens. Eu vo-las trarei. Fazei delas o que vos aprouver, mas não façais mal a esses homens, porque vieram acolher-se à sombra do meu tecto.»
Eles responderam: «Retira-te daí!» E acrescentaram: «Cá está um homem que chegou como estrangeiro e quer agora ser o nosso juiz! Pois bem, vamos fazer-te pior do que a eles.»
E, empurrando Lot violentamente, avançaram para arrombar a porta. Mas os dois homens estenderam a mão, meteram Lot dentro de casa e fecharam a porta. Feriram de cegueira os homens que estavam em frente da casa, novos e velhos, de tal modo que eles inutilmente se esforçavam por encontrar a porta.

Lot escapa à tragédia - Os dois homens disseram a Lot: «Quantas pessoas ainda tens aqui? Manda sair desta região os teus genros, os teus filhos, as tuas filhas e todos os parentes que tiveres na cidade. Pois vamos destruir todas estas terras, porque o clamor que se eleva contra os seus habitantes é enorme diante do SENHOR, e Ele enviou-nos para os aniquilar.» Lot saiu e falou aos genros, os que deveriam casar com as suas filhas, e disse-lhes: «Levantai-vos e saí daqui, pois o SENHOR vai destruir a cidade.» Mas os seus genros cuidaram que ele estava a gracejar.
Ao amanhecer, os mensageiros insistiram com Lot, dizendo-lhe: «Ergue-te, foge com a tua mulher e as tuas duas filhas que estão aqui, a fim de não morreres também tu no castigo da cidade.» E como ele se demorava, os homens agarraram-no pela mão, a ele, à mulher e às duas filhas, porque o SENHOR queria poupá-los, e conduziram-nos para fora da cidade." (Gn 19, 4-16)

Mais tarde o Rei Salomão no livro de Sabedoria diz o seguinte a respeito da Idolatria, mal que ainda hoje atinge a humanidade:

já não guardam pura nem a vida nem o casamento,
mas um ao outro se mata à traição
ou se ultrajam pelo adultério.
Por toda a parte andam misturados
sangue e crime, roubo e fraude,
corrupção, deslealdade, revolta e perjúrio,
confusão dos valores, esquecimento da gratidão,
impureza das almas, perversão sexual,
desordem dos casamentos, adultério e imoralidade.
Pois o culto dos ídolos impessoais
é o princípio, a causa e o fim de todos os males.
Na verdade, ou se entregam a divertimentos até ao delírio,
ou profetizam a mentira,
ou vivem na injustiça, ou perjuram a toda a hora.
Ao pôr a sua confiança em ídolos sem vida,
não temem dano algum pelos seus falsos juramentos.
Um duplo castigo, porém, cairá sobre eles,
porque se equivocaram acerca de Deus, adorando os ídolos,
e juraram contra a verdade e a justiça, desprezando a santidade.
Pois não é o poder dos ídolos invocados,
mas a justiça que se exerce sobre os pecadores
que persegue sempre as faltas dos injustos. (Sab 14, 24-31)


Jesus por sua vez fala-nos do modo como Deus olha e olhará para quem não quer compreender a sua mensagem!

Como sucedeu nos dias de Noé, assim sucederá também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, os homens casavam-se e as mulheres eram dadas em casamento, até ao dia em que Noé entrou na Arca e veio o dilúvio, que os fez perecer a todos. O mesmo sucedeu nos dias de Lot: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam, construíam; mas, no dia em que Lot saiu de Sodoma, Deus fez cair do céu uma chuva de fogo e enxofre, que os matou a todos.
Assim será no dia em que o Filho do Homem se revelar. Nesse dia, quem estiver no terraço e tiver as suas coisas em casa não desça para as tirar; e, do mesmo modo, quem estiver no campo não volte atrás. Lembrai-vos da mulher de Lot.
Quem procurar salvar a vida, há-de perdê-la; e quem a perder, há-de conservá-la. Digo-vos que, nessa noite, estarão dois numa cama: um será tomado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão juntas a moer: uma será tomada e a outra será deixada. Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado.»Tomando a palavra, os discípulos disseram-lhe: «Senhor, onde sucederá isso?» Respondeu-lhes: «Onde estiver o corpo, lá se juntarão também os abutres.» (Lc 17, 26-37)

S. Paulo alerta para os perigos das idolatrias e falta de fé, o que nos pode conduzir ao abismo! Á falta de temperança!

Por isso é que Deus, de acordo com os apetites dos seus corações, os entregou à impureza, de tal modo que os seus próprios corpos se degradaram. Foram esses que trocaram a verdade de Deus pela mentira, e que veneraram as criaturas e lhes prestaram culto, em vez de o fazerem ao Criador, que é bendito pelos séculos! Ámen.
Foi por isso que Deus os entregou a paixões degradantes. Assim, as suas mulheres trocaram as relações naturais por outras que são contra a natureza. E o mesmo acontece com os homens: deixando as relações naturais com a mulher, inflamaram-se em desejos de uns pelos outros, praticando, homens com homens, o que é vergonhoso, e recebendo em si mesmos a paga devida ao seu desregramento.
E como não julgaram por bem manter o conhecimento de Deus, entregou-os Deus a uma inteligência sem discernimento. E é assim que fazem o que não devem: estão repletos de toda a espécie de injustiça, perversidade, ambição, maldade; cheios de inveja, homicídios, discórdia, falsidade, malícia; são difamadores, maldizentes, inimigos de Deus, insolentes, orgulhosos, arrogantes, engenhosos para o mal, rebeldes para com os pais, estúpidos, desleais, inclementes, impiedosos.
Esses, muito embora conheçam o veredicto de Deus de que são dignos de morte os que tais coisas praticam não só as fazem, como até aprovam os que as praticam. ( Rm 1, 24-32)



Livres no amor - Irmãos, de facto, foi para a liberdade que vós fostes chamados. Só que não deveis deixar que essa liberdade se torne numa ocasião para os vossos apetites carnais. Pelo contrário: pelo amor, fazei-vos servos uns dos outros. É que toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra:
Ama o teu próximo como a ti mesmo.
Mas, se vos mordeis e devorais uns aos outros, cuidado, não sejais consumidos uns pelos outros.

Viver segundo o Espírito - Mas eu digo-vos: caminhai no Espírito, e não realizareis os apetites carnais. Porque a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito, o que é contrário à carne; são, de facto, realidades que estão em conflito uma com a outra, de tal modo que aquilo que quereis, não o fazeis.
Ora, se sois conduzidos pelo Espírito, não estais sob o domínio da Lei. Mas as obras da carne estão à vista. São estas: fornicação, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, inimizades, contenda, ciúme, fúrias, ambições, discórdias, partidarismos, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Sobre elas vos previno, como já preveni: os que praticarem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.
Por seu lado, é este o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto-domínio. Contra tais coisas não há lei. Mas os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e desejos. Se vivemos no Espírito, sigamos também o Espírito. Não nos tornemos vaidosos, a provocar-nos uns aos outros, a ser invejosos uns dos outros. (Gl 5, 13-26)

Tudo isto só para vos dizer que ser Católico e “Homossexual activo” é ser incoerente!

Não me parece possível querer estar de acordo com a doutrina Católica continuando a transgredir as leis da Igreja!

A” homossexualidade activa” é anti-natura, vai contra aquilo que é a doutrina da Igreja!

Os senhores que falam nesta notícia provavelmente ainda não se aperceberam disso!

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1417171

Senão vejamos:

"A Igreja acolhe-nos sempre na perspectiva de quem acolhe o pecador mas não o pecado. E sempre na perspectiva de deixarmos de ser praticantes.”

Precisamente porque é essa a vossa condição de pecadores! Para se redimirem tem de passar ou tentar passar á condição de "Homossexuais não activos” (celibatários) ou no mínimo a pecadores arrependidos!

“Em consonância com os princípios católicos, este grupo de homossexuais defende o casamento e acredita, diz José Leote, na "fidelidade, respeito e amor mútuo que é capaz de ultrapassar as vicissitudes da vida".

Que princípios? Se a homossexualidade no seu cômputo geral é vista pela Igreja Católica como pecado?

Embora não concorde com tudo isto (Casamentos Gay), como já o demonstrei!
Acho que todo e qualquer cidadão têm o direito de solicitar os seus direitos e deveres!
Sim porque até agora só se tem falado em direitos!
Não faz sentido denominar a união de duas pessoas do mesmo sexo de Casamento, porque não o é!!
Talvez “contrato de união gay” soe melhor!!!!!!!!

Ler mais:

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1417601


http://www.ionline.pt/conteudo/31009-socialistas-catolicos-desafiam-socrates-referendar-casamento-gay





segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Muros que envergonham


No dia em que se celebra os vinte anos da queda do muro de Berlim, fica a ideia de que há ainda muitos muros para deitar a baixo, muitos muros para cair!

Tanto políticos como sociais e espirituais!

No que se refere aos muros políticos, existe no mundo muitos muros tão ou mais vergonhosos que o muro de Berlim! Senão vejamos:

Ceuta & Melilla, o Muro de Ceuta é um muro de separação construído pela Espanha em África, separando Marrocos da cidade de Ceuta. Tem como objectivo principal impedir a imigração ilegal para o território da União Europeia e ainda o contrabando. Teve um custo de cerca de 30 milhões de euros, pagos em parte pela União Europeia.


Muro fronteiriço Estados Unidos-México, O muro fronteiriço Estados Unidos–México é um muro de segurança construído pelos Estados Unidos em parte da sua fronteira com o México. O seu objetivo é impedir a entrada de imigrantes ilegais, sobretudo mexicanos e centro-americanos procedentes da fronteira sul, em território dos Estados Unidos. A sua construção teve início em 1994 com o programa anti-imigração-ilegal conhecido como Operação Guardião.


Coreia do Norte & Coreia do Sul , A Zona Desmilitarizada ou DMZ designa uma zona tampão que separa a Coreia do Norte e do Sul, desde 1953, quando terminou a Guerra da Coreia, entre as facções do Norte, apoiadas pela União Soviética, e do Sul, apoiada pela O.N.U. e pelos E.U.A.. A Coreia foi ocupada no fim da segunda guerra mundial, estando até então sob o governo do Japão (que integrava as forças do Eixo), pelos Aliados, União Soviética, que chegou primeiro e ficou no Norte, e E.U.A. que chegou depois e ocupou o Sul.


Israel, O Muro da Cisjordânia é uma muralha que separa Israel da Cisjordânia, cuja construção está sendo realizada pelo governo israelense. Uma pequena parte do muro (cerca 20%) coincide com a antiga Linha Verde; os 80% restantes situam-se em território cisjordaniano, onde adentra até 22 km, em alguns lugares, para incluir colonatos de Israel densamente povoados.


Irlanda do Norte, os muros ainda existem, são apelidados de Linhas da Paz, e ainda continuam a crescer!


Quanto aos muros sociais e espirituais, esses são tão ou mais graves que os políticos. Pois estão inter-ligados e são em grande parte da responsabilidade dos governantes de todo o mundo! Senão vejamos:

Pobreza, O número de pobres não pára de crescer e já chega a 307 milhões de pessoas no mundo. Relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) recentemente publicado mostra que nos últimos 30 anos o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,00 duplicou nos países menos desenvolvidos.


Fome, Calcula-se que 815 milhões, em todo o mundo sejam vítimas crónica ou grave subnutrição, a maior parte das quais são mulheres e crianças dos países em vias de desenvolvimento.

Poluição, O problema atinge todos: países ricos e pobres, mas a factura é paga sobretudo pelos últimos. É sabido que a contaminação da atmosfera está a provocar graves danos na saúde e no meio ambiente. A situação está a tornar-se insustentável para a vida no planeta.
O planeta está a ficar sem florestas. Em África a situação é calamitosa. O grande pulmão da Humanidade que é a Amazónia está seriamente ameaçado. Pouco parece que tem servido os sucessivos alertas mundiais. O dinheiro fala mais alto.
Os oceanos estão doentes. Os recursos marítimos estão em regressão. Inúmeras espécies estão em vias de extinção. Os motivos são sempre os mesmos: poluição, sobre-exploração pesqueira,etc.
As necessidades de energia, sobretudo nos países mais desenvolvidos, não pára de aumentar. Este aumento tornou-se crucial para a sustentabilidade das suas economias, ameaçando incendiar o mundo.

Guerra, no século XX, os conflitos armados provocaram, directa ou indirectamente, a morte de 191 milhões de pessoas, mais de metade dos quais eram civis.


Ditaduras, Uma grande parte da população mundial vive sob regimes ditatoriais ou onde a liberdade de expressão está condicionada. A maioria destes regimes são produto de golpes militares, os quais tem procurado "legitimar-se" através de pseudo-eleições democráticas.


Racismo, Em todo o mundo, os imigrantes são os alvos privilegiados de manifestações racistas.


Genocídio, A tentativa de extermínio de povos inteiros chegou até aos nossos dias, sendo justificada quase sempre pelas mesmas razões de sempre: conquista de territórios e apropriação das suas riquezas, conflitos religiosos, políticos, tribais ou raciais, escravização de populações, etc.


Há ainda muito a fazer, é só querer! E cada um de nós tem algo a fazer para derrubar mais um muro!


Ler mais:







quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Uma cruz na parede


Hoje ao ler esta noticia no jornal Diário de Noticias:



Fiquei triste, preocupado e até indignado, com a maneira como algumas pessoas e associações em Portugal olham para a nossa cultura, sociedade e religiosidade!

Triste porque, embora a maioria dos portugueses não sejam religiosos, quase todos, para não dizer todos, quer queiram, quer não, adquiriram uma formação, um conhecimento, uma cultura Cristã, que agora alguns querem renegar. Uma formação, um conhecimento, uma cultura Cristã milenar e europeia!!

Preocupado porque, estes movimentos demonstram algum fundamentalismo anti-religioso e cultural contra a sociedade de que fazem parte! E todo e qualquer fundamentalismo é mau, é preocupante e indesejável!

Indignado porque, renegar aquilo que somos é perder identidade, é andar á deriva! O respeito pelos outros passa pela tolerância, pela capacidade de ouvir, de dialogar e não pela proibição! Uma cruz na parede não obriga ninguém a ser Cristão!

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), o padre Manuel Marujão, a este respeito diz o seguinte:

"Para os católicos é um símbolo religioso, para outros é um senhor que deu a vida pelos outros. Um ícone anti-violência".

"Se vamos vetar todos os símbolos que possam ter um cariz religioso, qualquer dia não podemos ter uma medalhinha ao pescoço, mesmo que seja por uma questão de estética"

Eu vou mais longe, é com alguma mágoa que vejo muitas pessoas usarem terços e cruzes ao pescoço sem conhecerem o seu significado, como um simples adorno, como utensílio de claro embelezamento!

Será que qualquer dia os Cristão também serão proibidos de falar de religião, da sua fé, da sua crença publicamente?

Ser crente ou ateu, é uma questão de opção pessoal!


Não tem nada a ver com uma cruz pendurada na parede!