segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Muros que envergonham


No dia em que se celebra os vinte anos da queda do muro de Berlim, fica a ideia de que há ainda muitos muros para deitar a baixo, muitos muros para cair!

Tanto políticos como sociais e espirituais!

No que se refere aos muros políticos, existe no mundo muitos muros tão ou mais vergonhosos que o muro de Berlim! Senão vejamos:

Ceuta & Melilla, o Muro de Ceuta é um muro de separação construído pela Espanha em África, separando Marrocos da cidade de Ceuta. Tem como objectivo principal impedir a imigração ilegal para o território da União Europeia e ainda o contrabando. Teve um custo de cerca de 30 milhões de euros, pagos em parte pela União Europeia.


Muro fronteiriço Estados Unidos-México, O muro fronteiriço Estados Unidos–México é um muro de segurança construído pelos Estados Unidos em parte da sua fronteira com o México. O seu objetivo é impedir a entrada de imigrantes ilegais, sobretudo mexicanos e centro-americanos procedentes da fronteira sul, em território dos Estados Unidos. A sua construção teve início em 1994 com o programa anti-imigração-ilegal conhecido como Operação Guardião.


Coreia do Norte & Coreia do Sul , A Zona Desmilitarizada ou DMZ designa uma zona tampão que separa a Coreia do Norte e do Sul, desde 1953, quando terminou a Guerra da Coreia, entre as facções do Norte, apoiadas pela União Soviética, e do Sul, apoiada pela O.N.U. e pelos E.U.A.. A Coreia foi ocupada no fim da segunda guerra mundial, estando até então sob o governo do Japão (que integrava as forças do Eixo), pelos Aliados, União Soviética, que chegou primeiro e ficou no Norte, e E.U.A. que chegou depois e ocupou o Sul.


Israel, O Muro da Cisjordânia é uma muralha que separa Israel da Cisjordânia, cuja construção está sendo realizada pelo governo israelense. Uma pequena parte do muro (cerca 20%) coincide com a antiga Linha Verde; os 80% restantes situam-se em território cisjordaniano, onde adentra até 22 km, em alguns lugares, para incluir colonatos de Israel densamente povoados.


Irlanda do Norte, os muros ainda existem, são apelidados de Linhas da Paz, e ainda continuam a crescer!


Quanto aos muros sociais e espirituais, esses são tão ou mais graves que os políticos. Pois estão inter-ligados e são em grande parte da responsabilidade dos governantes de todo o mundo! Senão vejamos:

Pobreza, O número de pobres não pára de crescer e já chega a 307 milhões de pessoas no mundo. Relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) recentemente publicado mostra que nos últimos 30 anos o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,00 duplicou nos países menos desenvolvidos.


Fome, Calcula-se que 815 milhões, em todo o mundo sejam vítimas crónica ou grave subnutrição, a maior parte das quais são mulheres e crianças dos países em vias de desenvolvimento.

Poluição, O problema atinge todos: países ricos e pobres, mas a factura é paga sobretudo pelos últimos. É sabido que a contaminação da atmosfera está a provocar graves danos na saúde e no meio ambiente. A situação está a tornar-se insustentável para a vida no planeta.
O planeta está a ficar sem florestas. Em África a situação é calamitosa. O grande pulmão da Humanidade que é a Amazónia está seriamente ameaçado. Pouco parece que tem servido os sucessivos alertas mundiais. O dinheiro fala mais alto.
Os oceanos estão doentes. Os recursos marítimos estão em regressão. Inúmeras espécies estão em vias de extinção. Os motivos são sempre os mesmos: poluição, sobre-exploração pesqueira,etc.
As necessidades de energia, sobretudo nos países mais desenvolvidos, não pára de aumentar. Este aumento tornou-se crucial para a sustentabilidade das suas economias, ameaçando incendiar o mundo.

Guerra, no século XX, os conflitos armados provocaram, directa ou indirectamente, a morte de 191 milhões de pessoas, mais de metade dos quais eram civis.


Ditaduras, Uma grande parte da população mundial vive sob regimes ditatoriais ou onde a liberdade de expressão está condicionada. A maioria destes regimes são produto de golpes militares, os quais tem procurado "legitimar-se" através de pseudo-eleições democráticas.


Racismo, Em todo o mundo, os imigrantes são os alvos privilegiados de manifestações racistas.


Genocídio, A tentativa de extermínio de povos inteiros chegou até aos nossos dias, sendo justificada quase sempre pelas mesmas razões de sempre: conquista de territórios e apropriação das suas riquezas, conflitos religiosos, políticos, tribais ou raciais, escravização de populações, etc.


Há ainda muito a fazer, é só querer! E cada um de nós tem algo a fazer para derrubar mais um muro!


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