terça-feira, 24 de novembro de 2009

Que futuro terá a cultura histórica, social e religiosa da humanidade?




Excepto no caso do Budismo, todos os líderes das principais religiões em Portugal contesta a união civil entre pessoas do mesmo sexo, o casamento gay:

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1427901

Moisés Espírito Santo, sociólogo das religiões, em entrevista ao jornal Diário de Noticias, (http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1427903) fez os seguintes comentários acerca da posição tomada publicamente pelos líderes das principais religiões em Portugal sobre o casamento gay:

“Não me surpreende nada, porque as religiões baseiam-se em textos antigos e culturas antigas, que viam o casamento como um meio para procriação. As religiões não acompanharam as evoluções sociais e continuam baseadas em culturas e textos arcaicos.”

Não há muito tempo, mais propriamente no dia 21 Novembro 2009, Anselmo Borges no seu artigo de opinião publicado no jornal Diário de Noticias, intitulado “A sobrevivência da civilização” escreve o seguinte:

A mais perigosa ilusão da nossa civilização consiste em o Homem pretender libertar-se totalmente da tradição e de todo o sentido preexistente, para abrir a perspectiva de uma auto criação divina. Esta "confiança utópica" e esta "quimera moderna" de inventar-se a si mesmo numa perfeição ilimitada "poderiam ser o mais impressionante instrumento do suicídio criado pela cultura humana". É que, "quando a cultura perde o sentido do sagrado, perde todo o sentido".”

“Não se fundamentam os valores éticos na razão? "Evidentemente, os indivíduos podem manter altos padrões morais e ser a-religiosos. Mas duvido de que também as civilizações o possam fazer. Sem tradições religiosas, que razão haveria para respeitar os direitos humanos? Vendo as coisas cientificamente, o que é a dignidade humana? Superstição? Do ponto de vista empírico, os homens são desiguais. Como justificar a igualdade? Os direitos humanos são uma ideia a-científica."

“As normas morais não podem assentar apenas no medo, segundo o modelo de Hobbes. Até certo ponto, "estamos programados instintivamente para a conservação da espécie". Mas não se pode esquecer que "a história do século passado mostrou inequivocamente que podemos, sem grandes inibições, aniquilar membros da nossa própria espécie. Por isso, precisamos de instrumentos de solidariedade humana, que não assentam nos nossos instintos, interesses próprios ou violência". "A falta da dimensão da Transcendência enfraquece o acordo social."


Afinal quem tem razão?


A mim não me restam dúvidas!

Sem comentários:

Enviar um comentário