terça-feira, 21 de setembro de 2010

Doutrina Judaica


A convicção Judaica mais profunda é: Deus «escolheu» o seu povo – não porque tivesse virtudes especiais, mas precisamente porque deus amava aquele povo. No princípio da história de Israel, Deus incumbe Abraão com a missão de partir para a Terra Prometida: Eretz Israel. Por Deus a ter escolhido terra e cidade para viver, ainda hoje é considerada sagrada no Judaísmo. Os fiéis dirigiram-se para a Terra Prometida que era considerada o centro do mundo.
Moisés é venerado pelos judeus como o maior profeta (o pai dos profetas), que confiou a Tora ao seu povo. É á sua luz que são entendidos a ordem e o ensinamento divinos, a sabedoria, a palavra e o caminho, a lei sagrada. Deus fez uma «aliança» com o seu povo eleito. A aliança mais importante para a história de Israel é a aliança de Deus com Abraão, cujos descendentes devem ser tão numerosos como as estrelas.
No centro do Judaísmo, a par das intenções da aliança, encontra-se a aspiração à «santidade». Uma vez que Deus é «sagrado», o seu povo também tem de ser «sagrado». Este conceito estende-se também a todo o âmbito «puro» do culto e da moral. A impureza está-lhe em oposição. o Judaísmo da vida individual e colectiva é marcado pelos mandamentos divinos(mizwot), que dizem respeito a todos os âmbitos da vida: evolução do homem, alimentação, bebida, habitação, vestuário, aproveitamento do tempo durante o trabalho, descanso (sabat), grandes festas e solenidades ao longo da vida.

Conceito do deus Judaico


A crença de Israel na existência de um deus não é originalmente monoteísta, mas henoteísta. No centro da veneração exclusiva encontra-se Javé. Israel venera apenas este Deus único. Não significando com isto que outros povos não venerem outros deuses. No entanto, esses deuses não têm qualquer significado para Israel. Os profetas cautelosos, exigentes, eminentes e conselheiros reivindicam-se embaixadores de Javé. Proclamam Javé como o único Deus, que está acima dos outros deuses.

A proibição das imagens


No segundo mandamento do Decálogo (Dez Mandamentos) é exigido : «não farás para ti imagem esculpida nem representação alguma do que está em cima, nos céus, do que está em baixo, na terra, e do que está debaixo da terra, nas águas. Não te prostrarás diante dessas coisas e não as servirás» (segundo Livro de Moisés 20, 4-5)

O nome de Deus

No monte Sinai, o Deus de Israel apresenta-se com a seguinte frase: «Eu sou Javé». Este nome divino tem origem na forma primitiva hebraica composta por quatro consoantes: IHVH. Na forma vocalizada escreve-se «Jahvé» e não – como se escrevia erroneamente na Idade Média - «Jeová». IHVH significa: «Ele é» ou seja «Ele revela-se». De acordo com o segundo Livro de Moisés (3, 14) Javé revela-se a Moisés com as seguintes palavras: «Eu sou Aquele que sou».

Judaísmo

Os judeus vivem de acordo com os mandamentos da Tora, pois amam o Deus que escolheu o seu povo. A crença na obediência ao Deus da Tora leva à «consagração do quotidiano». Tudo é submetido á Tora, nenhum âmbito da vida é excluído. Todos os regulamentos, rituais e a sua simbologia formam uma unidade com os diferentes actos dos Judeus religiosos.

O Messias e a Era Messiânica

Das outras ideologias do Judaísmo faz parte a crença no Messias, ou seja, na Era Messiânica. O conceito hebraico «Messias» significa «Ungido». Antigamente, quando os Judeus nomeavam um rei ou um sacerdote deitava-se um pouco de óleo sobre a cabeça para ungir, isto é, marcar a pessoa. A designação «ungido» significa que o Messias irá ser um verdadeiro dirigente politico ou religioso. O Messias eleito por Deus é uma pessoa incumbida de missão especial para com o povo Israelita de Deus. O Messias podia ser o rei, o sumo-sacerdote, finalmente, também um profeta iluminado pelo espírito de Deus.
Desde o exílio da Babilónia (de 586 a 538-39 a. C.) que a espera da vinda do Messias faz parte da ideologia da fé Judaica. O Messias é considerado o rei ideal que, através da sua presença, ajuda o povo a recuperar a grandeza e prestígio. No futuro Reino de Deus na Terra imperarão a paz e a justiça. O Messias deve provir de uma tribo de Judá, restabelecer o reino Judaico, a Casa de David, recuperar o Templo destruído e fazer de Jerusalém a capital.
Nos circuitos não ortodoxos, o discurso é acerca de uma «desmitologização e de uma despersonalização do messianismo». «nesta concepção, o Messias torna-se símbolo de esperança (…) uma vez que a ênfase recai na origem do Reino de Deus e não no Messias, uma nova evolução do Judaísmo poderia renunciar ao Messias corporizado» (Schalom Ben-Chorin).


2 comentários:

  1. qual é o meio de salvação judaico?ou seja como será a salvação deles?

    ResponderEliminar
  2. Temos graças a Deus a toda hora e momento, pois ele é o único que nos dá tudo de graça. Um forte abraço!

    ResponderEliminar